RAPADURACAST 86 - PARTE 1: A SAGA DO BATMAN NO CINEMA
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http://www.rapaduracast.com.br/
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Transcrito por: Fábio Wiegraf
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http://oautodidata.blogspot.com/
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(Vinheta)


Jurandir Filho: (Exultante)

- Seeeeeeeeejam bem vindos seres rapadurianos de todo Brasil. Está começando mais uma edição do Rapadura Cast. Eu sou Jurandir Filho e estou aqui com Raphael Santos, Mauricio Saldanha e Tiago Siqueira para este Cast extremamente especial.


Maurício Saldanha: (Risos)

- Todos os trapalhões, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.


Juras: (Risos)

- Esta edição, extremamente fantástica, nós vamos falar sobre o que Raphael Santos?


Raphael Santos: (Risos)

Ah! Jurandir, hoje a gente vai falar de Batman!


Juras:

- Este programa é um Cast de preparação pra você, que ainda não viu The Dark Knight.


Ph:

- Não tem spoiller.


Juras:

- Não tem spoiller, não tem nada, (Thiago: - Spoiller free aqui.) Nós vamos falar sobre todos os filmes da saga do Batman, falar as porcarias, só tem porcarias (risos) nesta saga, só o que tem é porcaria, tirando o último filme. Mas vamos falar sobre tudo, todos os principais detalhes, o personagem, as HQs, desenhos animados, Graphic Novel e etc, um monte de coisas. Esta é a parte 1, não se preocupe, é sem spoillers, é pra você ficar preparado pra assistir TDK no cinema.


Ph:

- E depois que você assistir TDK, você vai escutar a parte 2.


Juras:

- A parte dois que já está aqui em baixo. (Ph: - Passando aqui em baixo ó.) Então é isso, vamos pros e-mails. (Ph e Tiago: - E-mails).


(Vinheta).



Juras:

- EMAILLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLS!


Ph:

- De supetão Jurandir, de supetão.



Juras:

- Vamos lá, vamos lá, muitos recados antes... nós recebemos muitos... muitos e-mails né Rafael? Referentes ao cast... (Ph: - Mas, Jjj Jurandir, o Maurício tá aqui também, porque tu diz só pra mim, isso?) - Maurício Saldanha e Raphael Santos...


Mau:

- Ah, mas e aí? E eu me importo por acaso?...


Juras:

- O cast sobre as distribuidoras, muitos e-mails né cara?! Fantástico, que beleza, o pessoal entendeu aí a parada né?! Bem... bem interessante isso.


Ph:

- Ficou bom né, ficou legal.


Juras:

- Ficou muito bom, o pessoal viu como é que funciona né?! A parada da distribuição e tudo, nós recebemos bons comentários. Só que antes Raphael? Recadinhos. (Ph: - Muralzinho da escola) – Recados: (Risos) Prêmio Podcast 2008. Nós vamos participar, solta o spot...


(Vinheta Prêmio Pod Cast 2008).


Ph: (Assustado):

- Vixxxe Maria. Jjandir, que spot é esse, Jjandir, Jjjjandir?!


Juras:

- Exatamente, organização de Ed Silva, um abraço Ed Silva, um abraço no coração.


Ph:

- Um grande abraço. É Seu Silva né?! O pessoal chama ele de Seu Silva. (Juras: - É porque ele tem 800 anos...) Não, que é isso Jurandir?! (Risada do Thiago ao fundo). - Quem quiser conhecer mais sobre o prêmio entre em www.premiopodcast.com.br, é um prêmio organizado pelo Ed Silva e também pelo maestro Biiiiili, som na caaaixa maestro Bili. (Juras: - Caldeirão do Hulk né?!). (Mau: - Hahaha, maestro Bili). (Juras: - É ele mesmo Maurício). – E este anos nós estaremos, viu Mau? Nós poderemos ganhar troféus, microfones e mais um monte de coisas.


Juras:

- Exatamente, nós vamos participar na categoria cinema, óbvio né (Risos), e não vamos participar, nós vamos ganhar a parada.


Ph:

- O que Jurandir, eu fico meio triste, de ter que participar dessa categoria, porque eu gostaria de participar que tenha... sei lá... podcasts como o Nerd Cast, coisas do tipo assim.




Juras: (Com seriedade)

- Falando nesse supra-sumo, citado podcast, vamos mandar um abraço pra o nosso amigo Alexandre Ottoni. (Ph: - Alexandre Otoni. Um grande abraço). - Cara que ajuda muito. É uma pena que ele tenha um parceiro tão fraco ao lado dele, né cara?! (Ph: - É, tem que levar isso em conta aí). - O Azaghâl, ele fica em cima do trabalho do Alexandre, é uma pena isso... Alexandre abra seus olhos pras pessoas que estão ao seu lado.


Ph:

- Isso, ele suga o trabalho da mente realmente pensante no Jovem Nerd e no Nerd Cast, que é o Alexandre Ottoni, o Aza, caiu de pára-quedas ali, o nosso amigo Aza. (Juras: - “Aza” né, “Pára-quedas”... tudo voa). (Risos).


Juras:

- Então um abraço Alexandre, abra o olho aí, porque as pessoas estão querendo usufruir do seu trabalho. Vamos lá, vários e-mails, comentários, o 1º e-mail, e-mail da Nina que nós recebemos aqui, não se identificou.


(E-mail Nina).


Resumo: Gosto muito do Cast, mas tenho problemas auditivos e não consigo acompanhar bem os mesmos, se vocês pudessem disponibilizar uma versão escrita...


Comentários:

Juras:

- Na verdade, a gente ficou até comovido né, com isso cara, porque, é complicado, porque como o Rapadura Cast é gravado, apesar de existir uma pauta, tem muito improviso, muita opinião, fica muito complicado a gente transcrever toda a conversa né.




Ph:

- É um negócio tudo solto. E outra, a gente grava o cast e tudo, mas o tempo que a gente gastaria transcrevendo, talvez a gente poderia estar fazendo outra coisa, no blog... que ela gosta e tudo mais. Então fica a sugestão, todo ouvinte pra gente é importante, até o cara que não gosta da gente é importante, imagine o que quer escutar a gente. Então fica a sugestão, alguém, algum ouvinte se quiser, se puder transcrever o programa, pelo menos alguma parte...


Juras:

- O programa em si, os e-mails não precisa não. Os e-mails o pessoal vê aí pelos comentários. Mas pelo menos o programa aí seria muito bacana. Se não puder a gente vai fazer a nossa parte que é linkar matérias referentes ao programa, pra pessoa se situar mais sobre o assunto.


Ph:

- Jjandir, Jjjandir, Jjjandir, se alguém fizer isso a gente pode dar um ingresso pra pessoa?


Juras:

- Com certeza, se alguém transcrever ao menos uma edição bacana a gente manda um ingresso, aí tranquilo.


Ph:

- Ta aí Nina, atendendo o seu pedido.

Juras:

- E esse comentário a gente ta enviando por e-mail pra ela também.


Mau:

- Isso é uma coisa que a gente não pensa, se não acontece, existe... então, ótimo esse e-mail da nina, e ótima essa idéia mesmo, ainda não tinha pensado nisso, tinha comentado com o Ph, ainda não tinha pensado nessa idéia. Ótimo mesmo, ingresso na cabeça de quem for grato em fazer isso pra Nina e pelo RC.


Juras:

- A gente vê até, dependendo do retorno do pessoal, a gente pode até pensar nas nossas campanhas de vídeo aí como é que fica uma legenda e tudo mais, isso pra o futuro. Vamos lá Maurício, lê aí por favor...


(E-mail Nerd Sagaz)


Comentários:

Juras:

- Obrigado, Nerd Sagaz, da próxima vez se identifique aí, com o seu nome mesmo, pra gente poder lhe congratular mais vezes, muito obrigado pelo comentário.


Ph:

- Exatamente, próximo e-mail Victor Sena, irmão do Airton Sena (Risos). Japão.


(E-mail Victor Sena)


Comentários:

Juras:

- Engraçado isso né cara, porque o pessoal reclama tanto que aqui chegam alguns filmes dublados, no Japão, só chega dublado.


Ph:

- Mesma coisa no Japão, e Japão também tem seus erros, país de primeiro mundo, ele fala aí e tudo mais.


(E-mail Fábio Wiegraf)


Comentários:

Juras:

- Na verdade, essa conta que você colocou aqui, não se pratica muito, o cinema não pode ficar com 50% do valor do ingresso. (Ph: – É um caso isolado, talvez tenha sido um contrato de um filme). - Pode até acontecer nos cinemas da distribuição mundial né. Mas na distribuição local, se o filme for norte-americano, a parcela é bem maior pra distribuidora, que ta distribuindo o filme, entendeu, ela que arca com os custos, ela compra o filme pra distribuir. Vamos lá, Batman, conhecer mais sobre o personagem. (Ph: - Exato. Maurício Saldanha. Cabine celular.) - Exatamente, vamos falar sobre o Homem Morcego. (Vários risos).


(Trilha sonora Batman)


Juras:

- Estamos de volta, vamos lá. (Mau: - vamos lá então). A gente organizou o Cast de uma forma genial né... (Risos) (Mau: - Aquelas perguntas que ele responde pra ele mesmo: não é). (Vários risos). (Thiago: - Essa é uma forma meio Lost, aqui sabe).


Juras:

- Exatamente. Nós vamos falar sobre os principais filmes, quando a gente estiver falando sobre os filmes, nós vamos relacionar com os quadrinhos, sobre a criação do personagem, e tal. Vamos começar primeiro pela franquia do Tim Burton né, a franquia bosta nº 1, porque a gente vai começar primeiro pelo Batman de 89. É lógico que tiveram aqueles filmes né Siqueira, de 1960.


Thiago:

- Não. Tiveram as mini-séries dos anos 40 e as séries dos anos 60.


Juras:

- Que não conta (risos).


Ph:

- Não. Contar conta, mas a gente não vai dar uma importância tão grande, afinal o Batman tem muito material já pro cinema. Diferente de outros casts.


Juras:

- Isso. E a gente já comentou sobre essas séries nos episódios de HQs no cinema, que a gente já falou.


Ph:

- A gente já falou do Bob Kane, 1932, detetive comics, essas coisas...


Juras:

- Vamos focar nos filmes, que é a nossa especialidade, é o podcast que pode falar de cinema quando quiser. Né qualquer podcast por aí que pode falar sobre cinema não. (Vários risos)


Ph:

- Batman de 1989.


Juras:

- Revolta desnecessária né (Risos).


Mau:

- Ah totalmente.


Ph:

- Jurandir coringa. (Risos)


Juras:

- Vamos começar, Batman, 1989.



Thiago:

- Até o começo dos anos 80, o Batman era visto como um personagem galhofa, graças até, por conta do seriado do Adam West.


Mau:

- O que é uma galhofa, o Siqueira?


Thiago:

- Personagem cômico cara. O pessoal ri assistindo o Batman.


Juras:

- Cômico de uma forma assim escachada. Ah, vou me fantasiar aqui...


Mau:

- Por causa da fantasia. Por causa do Batman? O personagem Batman? Ou por causa de todos os personagens...


Ph:

- Por causa dos diálogos, por causa da construção das histórias, como abordavam os vilões. Era sempre aquele vilão que não tinha nada de vilão, era só mais um cara que queria fazer hahahaha.


Juras:

- Os quadrinhos tem um estilo de roupa, no seriado é aquela roupa réa... cueca na cabeça, entendeu? (Risos)


Thiago:

- Quem mudou isso, foi o Frank Miller com o Cavaleiro das Trevas. Depois do lançamento da Graphic Novel que pegou todo mundo de surpresa, a Warner viu que tinha um potencial ali.


Mau:

- Que ano foi isso, alô? Que ano foi isso Siqueira?


Thiago:

- Foi no começo da década de 80. O lançamento da GN foi em 86 se não me engano, Vol. 1, do Cavaleiro das Trevas: The Dark Knight Returns. Aqui o título ficou: O Cavaleiro das Trevas, tiraram o Retorno. Foi em meados da década de 80. Após o lançamento a Warner viu que tinha potencial pro Batman, que tinha um mercado, que tava apto pra um herói um pouco mais sério e começou a pré-produção do Batman de 89.


Juras:

- Certo, comprou os direitos do filme. (Thiago: - Nem precisou, a Warner é dona da DC). Não, comprou os direitos, fez uma parceria pra levar o Batman pra o cinema.


Ph:

- A Warner pode ser o que for, mas ela tem que reservar os direitos, quer queira, quer não. Porque se não, não é um departamento, ela tem ações da DC, ela reservou os direitos. (Thiago: - A DC faz parte do grupo Warner). Só que a Warner tem que reservar os direitos, porque senão pode vender pra fora.


Thiago:

- O produtor, Jon Peters chegou e disse: Olha a gente quer fazer um filme com o Batman. Ta certo? A DC disse: Ta certo, vamos fazer. (Ph: - Pronto, é isso que eu to falando). (Risos)


Mau:

- Então, salve deu Frank Miller, que colocou o personagem de uma maneira mais isso... menos galhofa.


Thiago:

- Foi ele que resgatou o Batman das profundezas da comédia. (Mau: - Da terra das galhofas né?!).


Juras:

- Mas virou galhofa, Maurício, por causa do seriado. O seriado que transformou o personagem em galhofa. Os quadrinhos sempre tiveram a característica já... (Thiago: - Os quadrinhos que tiveram essa parte mais sombria, inclusive com o Bill Wallace e o Tail Oneil).


Ph:

- Gente, todo quadrinho, ele é feito pra criança, quer queira, quer não. A Graphic Novel, como a gente já comentou aqui anteriormente, ela pode se focar pra um público mais adulto, certo? Então, quando você vai adaptar um seriado diretamente do quadrinho, que você sabe que é pra criança, e naquela época era ainda mais do que é hoje, hoje esse negócio de nerd e tudo mais virou moda, você tinha sim, que ser galhofa, você tinha que tentar ser engraçado, você tinha que tentar divertir. Criança não gosta de ficar vendo coisa escura, sem ter diálogos fáceis.


Juras:

- Certo, mas Raphael, eles não adaptaram o TDK pra o cinema não, eles adaptaram o...


Ph:

- É o que eu falo, quando eles viram a GN do TDK, disseram: isso tem potencial (Thiago: - The Dark Knight Returns, cidadão...) pra algo mais sombrio. Vamos sair desse âmbito de quadrinho, do seriado e vamos fazer um pouco mais sério como fez o Frank Miller. Até porquê, quando foi... o filme de do Tim Burton, o primeiro filme de 1989, Batman, só Batman, ele não tirou do CdT. O CdT foi uma... o cara leu e disse: Pô, isso aqui vai dar certo no cinema, a gente fazer Batman sério, deu certo na GN então pode dar certo no cinema, é isso que eu quero dizer.


Thiago:

- A questão foi a seguinte. Batman em 1939, foi criado um personagem sério. Bill Finger e Bob Kane criaram um personagem sério. A questão foi que nos anos 50, perseguição em cima dos quadrinhos, que eram vistos como uma mídia violenta demais; e foi criado o Comics Coach que levou o nível dos quadrinhos lá pra baixo. (Juras: - Infantilizou a coisa né). Isso é cíclico, sempre acontece, aconteceu nos anos 50 e durou até mais ou menos o final dos anos 60. Com o final da série, esse Batman infantil, combatendo criminosos alienígenas numa Gothan City toda colorida. Até a chegada de Denny O’Neil e Neil Adams, que recriaram o personagem; coisa que foi continuada por Jim Aparo, e chegou ao ápice com Frank Miller.


Ph:

- Naquela época, 70% dos que compravam quadrinhos, era criança sim. (Thiago: - Por conta do Comic Coach, que infantilizou muito as histórias). - A única diferença é que as crianças cresceram e continuam comprando quadrinhos hoje.


Thiago:

- Frank Miller e Alan Moore mudaram isso, os dois, conscientemente fizeram duas das melhores histórias do Batman. Agora o Frank Miller foi quem resgatou o personagem para o grande público.


Mau:

- Enfim, falemos de cinema, falemos de Tim Burton, falemos de Batman 1989, falemos do Coringa, o maior salário já feito pra um ser humano naquela época... 50 milhões. (Thiago: - Jack Nicholson roubou o filme, literalmente).


Juras:

- Vamos lá 1989, Tim Burton na direção, Michael Keaton (Bleeehh), Jack Nicholson e Kim Basinger; uma coisa que eu tenho que dizer, é que todos os Batmans sempre tem mulheres bonitas, impressionante isso, menos o último que colocaram essa mulher aí, Maggie Gyllenhall, que é horrível. Ô mulher feia.



Mau:

- A Kim Basinger vem ali em 89 ainda dos efeitos de 9 e ½ Semanas de Amor; ela era a deusa do cinema. (Thiago: - Exatamente, agora a questão é a seguinte...). (Juras: - Ela é uma bondgirl também.)


Ph:

- É isso que eu ia falar, Jurandir, em cima disso daí. O quê que é o James Bond, é um espião à moda clássica, pegador e tudo mais... o que é o Batman, é uma mistura de James Bond com Sherlock Homes, o cara é um espião, detetive, cara meio na surdinha, usa vários gadgets e pegador como são suas referências.


Mau:

- E uma coisa, já estreamos então em 89 com o primeiro filme do Batman, onde o vilão roubou a cena. (Thiago: - Roubou a cena, o filme, o orçamento...)


Juras:

- Jack Nicholson fazendo o coringa né, o Joker. (Thiago: - Exatamente...)


Mau:

- Ô Siqueira, tu que busca tanta informação, tu sabe de algum outro ator que foi cogitado, ou foi sempre a idéia de Tim Burton Jack Nicholson como coringa?


Thiago:

- Cara. Que eu saiba só o Jack Nicholson mesmo.


Mau:

- Beleza e 50 milhões, né isso?! Por causa de percentual na bilheteria, que ele pediu, não foi?!


Thiago:

- Exatamente o salário dele foi alto, mas o que realmente inflacionou tudo foi o percentual na bilheteria, que ele pediu, levou o salário lá pras alturas.


Mau:

- E em merchandising também, ele foi tão esperto... que ele escolheu também em bilheteria e produtos relacionados.


Thiago:

- Aprendeu com o George Lucas.


Juras:

- O que ele recebeu não pode ser 50 milhões, que o filme custou 35 milhões... Ele ganhou em percentual de venda de ingresso, etc. (Thiago: - Somando tudo deu 50 milhões).


Mau:

- Enfim, Batman então, Michael Keaton, de 1,60m, teve que ficar em cima de um banco. (Risos)



Thiago:

- Qual foi a justificativa do Tim Burton pra colocar Michael “fuinha” Keaton como Bruce Wayne. (Juras: - Os fantasmas se divertem). – Não. A justificativa dele foi: é que meu Bruce Wayne é um homem comum.


Ph:

- O que é inverdade no mundo dos quadrinhos de Batman. Acontece que Michael Keaton foi uma escolha tão ruim, que o Tim Burton teve problemas em filmar o Michael Keaton, nas cenas... em fotos mais divulgadas que existem, quando o Batman levanta o Coringa, ele não tá levantando o Coringa, o Coringa ta praticamente se abaixando, e se entortando pra dar a impressão que ta levantando.


Thiago:

- Imagina a cena de beijo entre ele e a Kim Bessinger, que é alta que só heim. (Ph: - Daí você tira a grande escolha do homem que vai vestir a roupa do Cavalheiro das Trevas).


Mau:

- Mas enfim, fãs do quadrinho, Siqueira, Raphael, Jurandir também... (Juras: - Eu sou fã de quadrinho nenhum). (Risos)


Mau:

- Nem eu, eu sou fã de Batman, do ser Batman, agora nunca fui fã de quadrinhos, acompanhava série “piá”... criança eu digo, nunca acompanhei os quadrinhos, mas vocês fãs de quadrinhos, gostaram em 89? Batman, Michael Keaton, Coringa, Jack Nicholson...

Thiago:

- Não, honestamente o filme funcionou até uns 10 anos atrás como evento, você via o filme, você não assistia à trama, você via aquele negócio fantástico, cenários fabulosos, aquela direção de arte impecável.


Juras:

- Não, não... Peraí Siqueira, eu tenho um conceito na minha cabeça que filme bom ele dura, ele é eterno, não importa a época que você assista. Eu assisti pra fazer esse Cast, o primeiro Batman do Tim Burton, é uma bosta daquelas de... de vaca. (Thiago: - Jurandir eu to justificando aqui...)


Mau:

- Ô Didi mocó, pra ser eterno tu tem que ter assistido em 89 e hoje falar que ele dura, não assistir agora pra dizer que ele dura.


Juras:

- Mas eu assisti muitas vezes antes, só que não dá pra engolir.


Thiago:

- Hoje a gente não consegue engolir, porque...


Juras:

- Porque hoje a gente tem o parâmetro de uma coisa muito melhor, que é o Batman Begins. Essa é a diferença. (Thiago: - Exatamente, cara).

Mau:

- Mas não pode comparar. Mas não pode comparar. (Juras: - Você tem que comparar Maurício.)


Juras:

- Maurício, tu teve uma temporada fantástica do Lost, a 4ª temporada, mas o primeiro episódio do Lost é excepcional. Você não pode comparar não...


Mau:

- Não, eles tem continuidade meu amigo, estou falando anos de 89, to falando de uma série... tu fez uma analogia terrível, fez uma comparação terrível...


Juras:

- Fiz não, fiz não. To dizendo assim, você tem o parâmetro de uma coisa melhor, a 4ª temporada sensacional e tem o primeiro episódio do Lost que é espetacular, entendeu?...


Mau:

- Mas uma coisa tem continuidade, tu fala numa série que tem começo meio e fim. Eles tem intenção de ser seis anos a série. Tô falando de uma coisa que foi feita em 1989, por um outro diretor, em outra época, com outros artifícios. Agora tu ta falando de uma nova franquia, com uma nova releitura, com novos efeitos, que é isso?!


Juras:

- Eu não consigo assistir, ficou naquela época, ficou em 89, morreu ali.


Ph:

- Eu concordo com sua opinião. (Thiago: - Ficou nos anos 90, “a questão foi a seguinte”...) É uma ideologia sua que filme que envelhece não é um filme espetacular, não é um filme 10.


Juras:

- Filme pra ser assistido só na época, que porra de filme é esse? Charles Chaplin dura até hoje.


Ph:

- Ótimo, Perfeito. Acontece juras, que o Batman, tem elementos no quadrinho que deveriam, sim, ser muito bem adaptados. Estes elementos talvez sejam maior que o próprio personagem. No caso, Gotham City, porque Batman não existe sem Gotham City, Batman é fruto de Gotham City e Coringa que também é outro fruto da cidade.

E se o Tim Burton me fez Gothan city espetacular como essa do filme de 1989, eu tenho que até hoje bater palmas.


Thiago:

- Ph agora eu vou descordar de ti.


Ph:

- Mas você vai discordar quando eu terminar a frase. A gente chega mais a frente quando o Christopher Nolan pega uma Gothan city e destrói. Sabe, tem uma intepretação horrível da Gotham City dos quadrinhos. Creio eu que errônea. O Tim Burton faz uma Gothan City mais artesanal, mais submundo, mais suja, que a gente sente mais... (Juras: - Galhofa né).


Thiago:

- Ph, “a questão é a seguinte”, a Gotham City criada pelo Tim Burton é um pesadelo gótico, é uma cidade real, você não consegue se relacionar com aquilo alí. Enquanto o Batman, a grande força do personagem, você consegue se relacionar com ele. Você consegue colocar um elemento humano nele. Isso não existe no filme de 1989 e explico, a gente não conseguiu entender a origem dele, que só foi citada por alto, não ganha nem cinco minutos de... (Ph: - Eu to falando da cidade, não to falando do personagem). – E eu to falando de tudo cara, Gothan city é um personagem, assim como a Sin City do Frank Miller, é um personagem da mitologia Batman. (Juras: - Concordo.)


Ph:

- E o que eu falei Siqueira? Ôoooo Siqueira, o que eu falei? Que Gotham City talvez seja mais personagem do que Batman.


Thiago:

- Ela é um personagem exagerado, que você não consegue relacionar ela com nenhum elemento real. Você não consegue relacionar ela com nada, no filme do Tim Burton.


Ph:

- Pois a atual Gotham City, de Christopher Nolan é uma Metrópoles do Super Homem e é uma Nova Yorque, isso tu não consegue relacionar? Onde é que Gotham City tem aqueles prédios gigantes iluminados e tudo? Gothan City é Tim Burton, Gotham City é aquilo dali, é submundo, é sujeira.


Juras:

- Jack Nicholson, 9 anos antes tinha feito O Iluminado. Um psicopata, e agora ele fez um psicopata trapalhão né. Porque, pelo amor de Deus, cara.


Thiago:

- O que marcou naquele coringa foi o seguinte. Em Piada Mortal teve uma origem pra ele. Mas justificam do seguinte modo: ele é tão louco que ele não consegue se lembrar da própria origem dele. Ele não sabe quem ele era antes de se tornar o Coringa. Ele tem várias origens na cabeça dele, mas ele não sabe qual é a real. Enquanto no filme a gente tem Jack Napier, um mafioso, um mafioso galhofa ainda por cima, vivendo com aquele baralho ridículo. Caindo em um tonel de ácido. Existe uma origem definida pro Coringa. E aí tem aquela maquiagem, meio tosca hoje em dia, que não ficou muito boa cara. (Juras: - Né tosca não rapá, é a boca dele...)


Mau:

- Me pareceu que o Tim Burton quis dar mais ênfase à estética do que ao conteúdo, sabe? O cuidado na nova franquia tem mais no conteúdo que com a estética, aliás com as duas. O Tim Burton, acho primou pela estética.




Juras:

- Até por característica dele mesmo né, direção de arte é sempre o forte dos filmes do Tim Burton.


Thiago:

- O filme não era do Batman, nunca aquele filme foi do Batman, o Coringa sempre esteve em primeiro plano. O Tim Burton não soube dosar, colocar do jeito certo: Batman. Coringa. Batman. Bruce Wayne. Batman...


Ph:

- Ele escolheu o ator errado, quando ele filmou e viu a merda que estava feita. Ele teve que editar o filme pra o Coringa. (Juras: - Ele escolheu a trilha errada também né, colocou o Prince, pra serem as principais músicas dele).


Thiago:

- Isso aí foi culpa da Warner. (Juras: - Sim meu filho, mas e aí, é o nome do Tim Burton que ta ali). – Foi imposição da produção, dos produtores.


Ph:

- Ah, então mudou o filme, culpa da Warner, agora o filme é bom, porque foi a Warner... (Juras: - Não, não, to dizendo que foi uma porcaria por ter colocado o Prince ali, pra quê? Danny Elfman lá...)


Thiago:

- O Prince foi imposição da Warner. (Juras: - Sim meu filho, mas a responsabilidade é do Tim Burton, não interessa se é da Warner).


Thiago:

- Na parte de trilha sonora, o Tim Burton acertou colocando Danny Elfman, pra colocar o som das trilhas mais marcantes de todos os tempos. A música do Batman que toca no...


Mau:

- Enfim, enfim, acabou em 89, o filme rendeu dinheiro? Quando dinheiro rendeu o Batman? Os primeiro Batman?


Juras:

- O primeiro Batman custou 35 milhões de dólares e rendeu 251 só nos EUA.


Thiago:

- Olha aí, sucesso.


Juras:

- Sucesso astronômico. (Risos)


Thiago:

- Mas porquê? Falta de parâmetros, como o Jurandir disse, não existia referência pra outros filmes de super herói. A referência era o Super Man de 78. Ninguém sabia como... foi uma surpresa quando viram aquele Batman, num enfoque mais sério.


Juras:

- Ô Siqueira. Mas as atrocidades, por exemplo, Harvey Dent negro. O Lando “Calrissian” do Star Wars.


Thiago:


- Não. Aquilo ali foi ridículo viu. A idéia do Tim Burton era colocar um Robin negro no terceiro filme.




SEGUNDA PARTE: DE 0:30:00 a 1:00:00

Juras:

- E os tiros dos revolveres, parecem espoleta, aqueles revólveres de mentira. (Thiago: - Comissário “Gordo” né, que aquilo não é Comissário Gordon, é comissário “Gordo”...)


Mau:

- Estamos falando de outra época cara, é outra época, 89; cara. (Revoltado)


Juras:

- E o Michael Keaton? Toda vez que aparece como Batman, ele ta fazendo um bico, parece o (Risos) Will Smith, toda vez ele faz um bico é impressionante... pra fazer cara de mau, ele não sabe fazer cara de mau.


Thiago:

- Fora a armadura que não mexe o pescoço né, fora a armadura Robocop. (Mau: - Enfim, ta, aí...)


Juras:

- Outra cena desse Batman. O coringa segurando aqueles balões né, que ele vai papocar a cidade lá e tudo mais. Aí passa o Batman voando... (Thiago: - Arma gigante do Coringa que ele atira no BatPlano). - E ele gritando: My baloons, he stollen my baloons. Uma coisa bem bizarra, sabe assim? Trapalhões totalmente, (Risos) a vá pra p@rr#.


Mau:

- Ele ta com o Dedé, ele ta com o Dedé Santana. Mas então, daí conhecemos também o Danny Elfman, nesse filme, com a trilha sonora. Que ele aparecia tão... maravilhosamente alí. Mas também ligado com a série. A trilha é bem ligada ao... (Risos) à série de tv. É uma coisa bem... (Thiago: - Eu não acho...) Ph... Ph... Ph... tu acha que a trilha tem uma coisa... que puxa a série de TV? Esse “ta na na na” Não é harmonia...


Ph:

- Eu não sei, ô Mau, se trilha de Batman precisa ser animada, o Batman tem que começar a ser sombrio, o Batman tem que começar a ser melancólico, triste, a partir da trilha.


Juras:

- Concordo, concordo.


Thiago:

- E né por nada não... Danny Elfman acertou nisso.


Juras:

- Acertou, mas a direção do filme não deixou. Fizeram o Batman um circo, um circo...



Mau:

- O Dany não faz melancolia p#rr@ nenhuma, acho, na trilha sonora dele. Acho que, o Ph disse... acho que precisa desse toque sombrio que só vem em 92 quando sim, a trilha começa um pouco mais melancólica, tanto quanto os cenários são mais melancólicos, quanto os personagens, aliás o personagem nunca é...


Juras:

- O Batman é impressionante, é um personagem tão sombrio, tão interessante cara, e eles fizeram tanta galhofa com esse filme... Aquela cena ele pode até ter tirado dos quadrinhos, mas ficou muito bizarro na tela, aquela arma gigante que ele tira de dentro das calças (Risos).


Ph:

- Hoje é muito fácil a gente julgar o Tim Burton, certo? Porque hoje a gente tem parâmetros não só do Batman do Christopher Nolan, hoje a gente tem parâmetros do Homem de Ferro, um pouco do Hulk, o novo Super-Homem Homem-Aranha e etc. O Tim Burtom não tinha parâmetros praticamente pra nada... (Mau: - Palmas, exatamente, nós estamos botando...) ...com relação a nada, ele apostou.


Juras:

- Ok, então o primeiro Harry Potter é o melhor filme do mundo né?! (Ph: - Não, é o pior, só que...) Ele não tinha parâmetro nenhum.


Ph:

- O Harry Potter realmente não tinha parâmetro nenhum, só que é diferente... (Juras: - Nem visual, nem visual, porque o livro é um...) O Harry Potter já sabia que poderia fazer merda ali porque ele podia evoluir dentro da franquia dele, que já estavam três filmes fechados. (Juras: - (Risos) E o Batman aí?!).


Mau:

- Me desculpe, Harry Potter tinha sim... tinha como fazer parâmetro sim. Porque outros filmes que envolviam fantasia e mundo de fantasias. Acho que o PH quis dizer que Tim Burton não tinha nenhum parâmetro sobre filmes de HQs.


Juras:

- Quadrinhos meu filho, mas... Pera ainda Maurício, você tem um quadrinho na sua mão, que tem o visual todo, a mercê de você, do diretor do filme. É diferente você construir um mundo só da cabeça.


Mau:

- Ah, não, não. Adaptar pra o cinema é complicado. (Thiago: - A gente comentou um pouco no Cast de Quadrinhos que...) Tu acha que na série, que o Siqueira comentou, de antigamente, tu acha que eles tinham a vontade de ser galhofa? Não, eles estavam tentando fazer algo sério e soou galhofa. Assim como o Tim Burton tentou fazer algo sério... (Juras: - Não, não, acho que é o contrário...). (Thiago: - Maurício, a série tinha que ser galhofa mesmo...) O Tim Burton não sabia, por não ter parâmetros, que em 2008, um rapaz, âncora de um programa de Podcast na internet ia malhar ele dessa maneira. Ele não iria fazer um filme pensando nisso, entendeu? Ele não tinha parâmetros, como disse o Ph, ele não tinha parâmetros sobre filme de HQs. Uma coisa, tu tem a história quadrinhos com visual, concordo, ele tinha ali todo o history board pronto. Mas não adianta cara, ele não tinha a experiência de outros filmes que ele teria visto pra saber como... o resultado disso, como é que se põe na grande tela isso; como é que funciona isso.


Juras:

- Eu considero galhofa, Maurício, quando você pega personagens bacanas e transforma tudo num circo. Coringa é um personagem que, teoricamente, ele deveria ser engraçadinho como foi o Jack Nicholson. Mas o personagem, eu creio que não seja desse jeito cara, transformaram tudo em uma coisa engraçada, galhofa, bizarra... O som das porradas parece o filme do Didi, essas coisas bem esdrúxulas, sabe, pra mim, bosta. (Thiago: - Jurandir...). (Mau: - Mas ele tem que insistir...). Star Wars, o primeiro filme de setenta e pouco aí né? Setenta e quanto? (Thiago: - 77) ...77, é um filme fantástico e não tem essa galhofada como é o filme de 89. Não venha dizer... tu fala como se o filme fosse da década de 50. Nós estamos em 89, (Thiago: - Jurandir, só uma coisa...) quase anos 90.


Mau:

- Eu só falo do primeiro filme adaptado de quadrinho, cara, só isso que eu falo. Tim Burton fez, em 89, a primeira adaptação de quadrinhos, pro cinema. (Juras: - O personagem do Super-Homem também foi...)


Ph:

- Star Wars foi uma história criada pensando já no cinema. Star Wars não tinha público antes de existir cara. Batman já tinha público. O Tim Burton quando sentou pra pensar Batman: - Como é que eu vou dirigir? Ta certo... eu sei fazer um cara melancólico. Ele sabe fazer um cara melancólico, triste... (Juras: - Tem o super-homem aí cara, o Super-Homem também é um excelente filme). Um drama pesadíssimo... (Burburinho). (Mau: - Não, ta certo). Só que aí beleza, ele faz lá um personagem melancólico, um herói que não tem piadinha no filme, um coringa louco, somente louco, etc; e o pessoal malha em cima dele: - Nossa, mas um herói não pode ser tratado assim. Um herói as crianças assistem, como é que as crianças vão ver... Então o Tim Burton galhofou.


Juras:

- Pra mim, três coisas eu levo de crédito, três coisas eu levo de coisa boa do primeiro Batman: que é a trilha sonora fantástica do Dany Elfman; o visual que vocês falaram aí, melancólico, bizarro de Gothan City... (Ph: - Escuro de toda forma...) e a Kim Bessinger, que eu sou apaixonado, o resto...


Thiago:

- Agora eu vou dizer uma coisa: eu fiquei muito decepcionado com uma coisa, na mesma época que saiu o Batman de 89, tinha saído a Piada Mortal, ali a gente viu um Coringa realmente bruto, realmente louco. (Ph: - Raivoso...) Sabe o que o Coringa fez nessa HQ? Ele chegou, invadiu a casa do Comissário Gordon, atirou na Bárbara Gordon, filha dele; bem no meio da coluna. Estuprou a menina... (Juras: - Caralho...) ...na frente do Comissário Gordon, tirou fotos, seqüestrou o Comissário Gordon e colocou ele num parque de diversões, cercado de fotos da filha dele, no chão, sendo estuprada pelo Coringa... (Juras: - Isso é o psicopata do filme do...)



Ph:

- Aí eu te pergunto Jurandir, será que o Tim Burton, do jeito que ele gosta de loucura, e coisas assim... nada a ver. Será se ele tivesse isso em mãos, ele poderia ter o pretexto e dizer: - Vou fazer um filme, dum cara louco, sem putaria sem risadinha, sem negócio galhofa, bombas coloridas; e ta aqui o meu pretexto pra fazer isso, ta aqui o quadrinho. Só que antes ele não tinha isso.


Juras:

- Mas o coringa dos quadrinhos, Raphael, não já demonstrava ter esse tipo de característica não? Ou ele era galhofa como o Jack Nicholson? (Ph: - Não tão... foi super exagerado, concordo; só que o Coringa também não demonstrava ser tão louco, como foi demonstrado em a Piada Mortal, pelo menos eu não lembro.


Thiago:

- Ele foi referência pra o Coringa. (Ph: - Isso...) Essa história se tornou referência pra caracterização do personagem. (Juras: - Certo...)


Ph:

- Existe uma Coringa antes e pós do Piada Mortal.


Juras:

- Beleza, então em 92, o Tim Burton já experiente né, depois do Batman lá, de 89, o que é que ele fez? Manteve o Batman...

Ph:

- Não... antes da gente entrar Juras, deu certo o filme? Deu. Tu mostrou as cifras aí, então o que é que o Tim Burton fez? (Juras: - Deu muito certo, financeiramente... absurdamente, deu muito dinheiro). Então acaba repetindo a fórmula, que é o que acontece em 92, praticamente.


Mau:

- E naquela época foi a maior bilheteria, de uma sexta feira de estréia de estréia. Arrecadou, acho que 18 milhões na sexta-feira. Eu li no jornal naquela época e eu lembro que eu vi o trailer, no cinema, apavorado no cinema. Que Maravilha!!! A mulher gato brigando com o Michael Keaton. (Juras: - Foi o recordista de 89 né Maurício?! Foi o filme que mais deu bilheteria em 89).


Ph:

- Maurício, o trailer ta passando aqui em baixo. (Juras: - Não... eu to falando do filme de 89). (Mau: - Não, eu falo de 92, que estréia... a sexta feira...)


Juras:

- Ele deu mais dinheiro que Indiana Jones e a Última Cruzada, por exemplo. Caça Fantasmas 2, De Volta para o Futuro 2. Foi melhor do que todos, o primeiro Batman... Aí em 92 né...


Mau:

- 92 tem isso aí, tem esse trailer, que eu quero falar do trailer pô, não consigo falar. Eu assistindo o trailer no cinema, eu e minha mãe. Eu lembro de cutucar ela e dizer: - Mãe, olha isso, porque o meu irmão não vai acreditar. (Juras: - Eu vi no cinema, Batman...) Nossa, eu queria chegar em casa e avisar pra ele, que eu tinha visto o trailer do Batman: o Retorno... (Ph: - Porque era novidade né, Mau.) ...e ela lambendo o rosto, a cara do Michael Keaton. Maravilha. (Juras: - Hahaha. Eu acho esse filme fantástico; eu vi no cinema o Batman: o Retorno).


Thiago:

- Não, quem, quando era pivete, quem não ficou apaixonado pela mulher gato da Michele Pfeiffer. Pelo amor de Deus!!! (Juras: - Mais uma... a Batgirl né, a Bondgirl, a Batgirl... A Michele Pfeiffer, meu Deus...). Agora o Batman em 92, tem o mesmo problema do primeiro...


Mau:

- Mas ainda assim tem um tom pastís, tem um tom galhofa, que tu quer dizer? Tem ainda isso né?!


Thiago:

- Não, a questão foi a seguinte, novamente não investiram no Bruce Wayne, novamente não investiram no Batman. O filme não acredita de maneira nenhuma no Batman, investem sempre no Pingüim e na Mulher Gato. (Mau: - Sempre nos vilões...)


Juras:

- Christopher Walken, meu Deus do céu! Deixa eu desabafar, só um desabafo, Rafael, 15 segundos.


Ph:

- Ta vai, chooora Jurandir, chooora.


Juras:

- Eu não agüento mais, desde o começo da carreira do Tim Burton, aquelas aberturas de 4 minutos, aparecendo créditos. É um saco, eu detesto isso nos filmes do Tim Burton, se eu puder dormir e acordar quando começar o filme, eu fico mais satisfeito. (Ph: - Palmas pra o Jurandir Filho descarregando...) (Som de palmas). (Mau: - Sessão do descarrego, toda sexta-feira).


Ph:

- Jurandir a gente vai legendar o que você falou e mandar pra o Tim Burton, botar legenda.


Mau:

- Quer dizer, aquele negócio de ficar a câmera mexe, mexe; depois de uma hora que tu vê o logotipo do Batman. (Risos) (Thiago: - Heim, Jurandir...)


Juras:

- No Batman: o Retorno, é seguindo o berço lá do Coringa... do Pingüim. (Mau: - Ah não, aquilo ali é maravilhoso. Uma coisa é uma coisa...)


Thiago:

- Aquilo é bonito, cara; a cena é bonita cara, eu acho, realmente, a cena bonita. Aliás, Batman é bonito.



Mau:

- Plasticamente é perfeito, Batman: o Retorno, desde as costumes, design, roupas, figurinos. Porque o figurino da mulher gato, que foi feito, por quem mesmo? Pelo famoso costureiro... (Juras: - Rick Rankers... Bob Ringwood... Meril Vogue...)


Mau:

- Não... cara, e aí Siqueira? O costureiro da roupa da Michele Pfeiffer? (Juras: - Aí é putaria né?!)


Thiago:

- Cara esse negócio de moda não é comigo não, viu xará?! (Risos)


(Ph, Juras: - Proto, Armani, Gucci, Jack LaCoste, Channel...) (Vários risos)

-


Thiago:

- Sex and the City é, agora?


Ph:

- Maurício, linda, achei linda as roupas, to chorando aqui. Tem uma cena desse Batman, de 1992, que é ESPETACULAR, cambalhotas inúmeras. (Juras: - Cambalhotas, aí para entre o Batman e o Pingüim...) Não, ela para e ainda dá aquela quebradinha, assim, de lado, como quem coloca a mão e olha pra câmera, assim, é “fuzilamente” pra ti, ela ta olhando pra ti, Maurício, e diz: Miau!!!


Juras:

- P#rr@, fantástico! (Som de palmas)


Thiago:

- Agora só uma coisa... voltando aqui para a história, certo? É... modificaram novamente a origem do Pingüim. E modificaram a origem da Mulher gato. A da mulher gato foi a que mais sofreu, porque?! A personagem nos quadrinhos, (Ph: - A do Pingüim também, de certa forma...) ela era uma prostituta. (Juras: - PROSTITUTA???). É, ela era uma prostituta, que depois o surgimento do Batman, ela resolve vestir uma roupa também, um uniforme e cometer alguns crimes pra sobreviver, né. Ela tinha uma parceira, a Holy; que era a garotinha prostituta, que trabalhava no ponto junto dela. Quem mostrou isso foi Frank Miller em Batman, Ano 1. Fenomenal, aliás.


Ph:

- Vale lembrar Siqueira, eu acho que vale lembrar, que nos quadrinhos, quando a mulher gato surgiu, Gothan City estava respirando Batman. (Thiago: - Arram) Porque, Batman foi contestado, como todos os heróis. Só que na época que a Mulher-gato surgiu, Gothan City respirava Batman. Vamos fazer uma camisa de Gotham City: “I Love Batman”. Era uma parada mais ou menos essa. (Thiago: - I Love Batman, só que eu não sou da policia, né. Que a polícia perseguiu o Batman até dizer chega né) Exatamente, exatamente, mas a mulher gato se baseou no Batman, pra fazer essa roupinha dela e tudo mais... tem até muita gente que confunde, pensando que ela é uma Batgirl e tudo mais.

Thiago:

- Não, o pessoal pensa que ela é parceira do Batman.


Juras:

- Eu vi essa cena, esse filme, eu lembrei de Matrix; agora, não sei porque, mas...(Risos)


Thiago:

- Agora, vamos ser sinceros, não sei o que fizeram no filme no terceiro ato, que o filme pira, enlouquece o filme. Começa aquele plano maluco do Pingüim de roubar as crianças e depois tem aqueles pingüins kamikaze, querendo destruir tudo. (Ph: - Nossa senhora, aquilo é horrível.) E depois o Batman tirando a mascara e o Max Shreck dizendo: - Bruce Wayne?! Por que você está vestido de Batman? E a Mulher-gato diz: - Por que ele é o Batman, seu idiota.


Juras:

- É, bem psicopata. Na verdade, todo mundo nesse filme é psicopata né?! Danny DeVito, absurdamente maluco. (Risos)


Thiago:

- Eu gosto do filme até o terceiro ato, mas parece que, no terceiro ato, o filme muda, dá um cavalo-de-pau, dá um 180º e... enlouquece cara.


Ph:

- Show de bola. Maurício?! Uma pergunta pro senhor: Quem foi melhor? Danny DeVito ou Jack Nicholson no primeiro Batman?


Mau:

- Danny DeVito, sem dúvida nenhuma!


Ph:

- Mesmo assim, apesar de o primeiro filme ter sido: Jack Nicholson, né. Em termos de elenco, ter sido Jack Nicholson o cara. Vocês acham Danny DeVito melhor do que o Jack Nicholson?


Mau:

- Eu não conheço quadrinhos, entendeu? Eu não conheço a origem do cara... (Ph: - Não, não, pensando nos quadrinhos não; pensando como ator). No personagem mesmo, o homem que... (Juras: - Abandonado pela mãe e o pai...) Porque na verdade a gente conhece Jack Nicholson nesse filme, ele é um mafioso e ele é igual ao depois que ele vira, ele não muda muito a sua personalidade; depois que ele cai no tonel lá e fica louco, e a cara dele é retalhada. Ele fica igual. Jack Nicholson, ele é sempre igual, ele é gostoso de se ver, mas é sempre igual. Acho que o Danny DeVito deu um banho, ta certo que ele ta... um banho de maquiagem também.


Ph:

- Travesseiro né, no buxo. (Risos)




Thiago:

- Uma coisa que eu achei legal no Pingüim, foi que mantiveram a essência homem de negócios, do Pingüim. Porquê o plano dele é se tornar prefeito de Gothan City com a ajuda do Max Shreck.


Juras:

- Essa cena que eu quero comentar. São duas cenas características. Uma é que ele, o Cristopher Walkeen, o Max, ele vai apresentar a comissão lá de candidatura. (Ph: - É isso que eu quero falar Jurandir, Jjjjandir, Jjjjandir, Jjjjandir você arrancou a minha língua). (Som de soco no rosto e risos). Uma coisa bem bizarra né. Aparece uma gostosa lá, ele: - Eu quero preencher todos os buracos dela. Danny DeVito tarado total (Vários risos)


Ph:

- E o Danny DeVito olhando com aquele olhar de “eu vou te comer”. (Risos)


Juras:

- Com a língua assim né, comendo mesmo com a boca. Impressionante. E uma outra cena é que, quando ele vai falar em público, pra todo mundo lá e o Batman coloca um áudio, dele falando muito mal da cidade de Gotham City, aí todo mundo tira não sei da onde um repolho, um tomate e começam a jogar nele. Na noite de Natal na praça da cidade. Não sei de onde eles tiraram... nasceu. (Risos)


Thiago:

- Por que sempre trazem tomates pra comícios? Foi o Pingüim que disse, cara.


Ph:

- Não, naquela época todo mundo andava com seus tomates, seus repolhos; era uma coisa bonita, era moda. Por isso que as pessoas usavam chapéu. Nessa cena, essa primeira cena. (Juras: - Por isso usava chapéu... Meu Deus, botavam dentro do chapéu...) (Vários risos). Exatamente... Por isso Jurandir, isso é ótimo, tem uma cena do Dany DeVito que ele morde o nariz do cara. (Juras: - E começa a espirrar assim... Fssssss) É, fica espirrando assim, San Raimi.


Thiago:

- Agora eu vou estar usando os filmes pra fazer um link pra os quadrinhos, eu acho legal a abordagem que o Pingüim ta sofrendo, de uns anos pra cá, que ele se transformou num homem de negócios. Ele não é mais o vilão que era. Teve uma história recente, que ele captura o Batman e o deixa de cabeça para baixo, numa armadilha de tubarões. Só que ele deixa o cinto. Aí o Batman escapa e diz: - Ah, que foi isso? E ele diz: - Foi só pra lembrar os velhos tempos, te deixei até com o cinto. (Juras: - Engraçadíssimo nos quadrinhos). Ele é agora um homem de negócios. Ele tem agora o Iceberg Ground que é um grande restaurante de Gothan. E o Batman usa ele mais como informante. Ele chega lá, dá umas três porradas no Pingüim e o Pingüim solta tudo que ta acontecendo no mundo criminoso. Eu acho legal isso.


Juras:

- Raphael, uma coisa que a gente não comentou: o Alfred, né cara, um personagem de extrema importância, muito bem caracterizado, parabéns. O único personagem fantástico em toda a Saga.

Thiago:

- Fantástico, vírgula, né. Você lembra do Batman 1? O Bruce Wayne teve uma noite com a Vicki Vale... ele já levou a mulher pra Bat-caverna, o Alfred.


Juras:

- É, a fraqueza né. Mas também Vicki Vale, louraça alí meu filho, quem é que... (Thiago: - O velho não agüentou né).


Juras:

- Esse Batman o Retorno eu pareço um psicopata tarado, só falo das mulheres mas... Meu Deus do céu, cara. Michele Pfeiffer, Kim Basinger, meu Deus... sonhei muitas noites com elas...


Ph:

- Michele Pfeiffer, vale recordar, o Maurício pode confirmar aí, várias Michele Pfeiffer no mesmo filme, tem aquela certinha, (Juras: - Isso, desengonçada...) Cheirosinha, todo mundo quer beijar, todo mundo quer levar pra casa pra ficar brincando, e tudo mais.


Mau:

- Mas enfim é isso, várias Michele Pfeiffer. O Pingüim detona tudo, rouba a cena. E como o Siqueira falou: não é um filme do Batman. (Thiago: - É um filme só do Pingüim e da Mulher-gato). É um filme só dos personagens... enfim, acho ainda. Fazendo valer o que o Jurandir fala, vendo o Batman Begins, realmente é foda, ver estes filmes de novo, que fica desleal a comparação.


Juras:

- Batman: o Retorno custou 80 milhões e faturou o dobro. 162 nos EUA, já não foi tão astronômico. (Thiago: - Mas foi sucesso estrondoso também...) Foi, foi, com certeza...


Ph:

- Certo, mas só que agora ele tem um precedente, pode comparar com o anterior. Então você pode dizer se foi um sucesso? Foi. Só que, Iiiii, mas o outro foi melhor, será que a fórmula ta dando certo? Pode-se pensar isso. (Thiago: - Aí meus amigos, começou o desastre.)


Mau:

- Custou mais, não custou? Quanto custou o Batman...


Juras:

- Custou 50 milhões a mais. O Batman: o Retorno. Mas foi a maior abertura no final de semana em 92. (Thiago: - Foi “suceção” cara, “suceção”). Na verdade, esse Batman, só perdeu em bilheteria, no ano de 92, pro Aladim e pro Esqueceram de Mim 2, o resto ele atropelou, todo mundo.


Ph:

- E, Aladim e Esqueceram de Mim. Ambos filmes infantis né.



Mau:

- E o Tim Burton brigou, não brigou? Com alguém?


Thiago:

- Não, o que houve foi o seguinte, ele chegou pra os produtores da Warner e disse: Sim, vamos fazer o terceiro? Produtores: – Sim, mas você carregou demais no clima, não sei. Aí o Tim Burton já tava de saco cheio de ouvir tanto tralalá da Warner e disse: - Olha, se vocês quiserem me substituir, tudo bem. Agora a questão é a seguinte, quando pronunciaram o nome do Joel Schumacher, o pessoal já ficou um pouquinho mais feliz. Porque o cara já tinha dirigido: Um Dia de Fúria, que é um “filmaço”; Garotos Perdidos, outro “filmaço”, “classicão” dos anos 80 e o pessoal esperava um Batman com um pouco mais de ação...


Ph:

- Rapidinho, Juras ele não tinha dirigido O Cliente ainda não, foi no mesmo ano se não me engano. (Mau: - 94). Batman foi feito em 94 e lançado em 95.


Juras:

- Daí eles disseram, a Warner: - Meu filho, eu to abrindo o bolso pra você, faça o que você quiser, chame quem você quiser.


Ph:

- E ele disse: - Eu to abrindo meu guarda-roupas gay pra vocês. (Vários risos) (Juras: - “Priscila”... aí ele combinou pra fazer o Batman).


Thiago:

- Aí saiu o Michael Keaton e entrou o Val Kilmer.


Mau:

- Todo mundo sabe quem é que estrelou Batman Eternamente. Por que Val Kilmer? Quero saber isso, porque escolheram Val Kilmer e não Michael Keaton?


Juras:

- Amor a Queima Roupa né, Maurício?


Thiago:

- Por que precisavam de um Batman que tivesse mais jeito de Bruce Wayne, mais jeito de macho, agora o pessoal...


Ph:

- Não, não, não. Val Kilmer foi apelação pra o público feminino. É isso que foi Val Kilmer.


Mau:

- Mas cabe isso, cabia isso, apelar pra o público feminino? Pra trazer mulher ao cinema? Mudar o personagem que fez dois filmes?





Ph:

- Não sei se precisava Maurício. Porque o Batman, sendo bonito ou feio, não importa; porque hoje é um Batman do dente torto e ta aí fazendo sucesso. Ele é um fetiche.

Juras:

- A língua torta também né. Christian Bale Ele fala com a língua presa...


Ph:

- Mas só que vamos botar Joel Schumacher. Vamos botar Val Kilmer, não só Val Kilmer como trazer mais vilão que sobressaia o herói, que sobreponha o herói, melhor dizendo. Tommy Lee Jones, Jim Carrey. (Juras: - Vamos colocar DOIS vilões, logo).


Thiago:

- Aliás, pelo amor de Deus. Tomy Lee Jones, como Duas-Caras, foi um dos maiores equívocos que eu já vi na minha vida.


Juras:

- Não, não não, peraí. Vamos elencar a parada: Val Kilmer como Batman. Chris O’Donnell como Robin. (Ph, Thiago: - Dick Grayson). Tomy Lee Jones como Harvey Dent, o Duas-Caras. Jim Carrey como Charada. Nicole Kidman, Oh Meu Deus, linda. (Thiago: - Como a doutora Chase Meridian). Eu falei, Batman só o que presta são as mulheres. Tem até Drew Barrymore fazendo uma personagem lá, namoradinha do...


Thiago:

- Namoradinha do Duas Caras. Agora vamos começar aqui, o Duas-Caras tava sendo previsto pra entrar no terceiro filme, desde o filme de 89, quando colocaram o Lando Calrissian pra viver o Harvey Dent.


Mau:

- Mas só um pouquinho, vocês esqueceram do Jim Carrey...


Ph:

- Não, a gente falou do Jim Carrei, vindo do Ace Ventura né, o Máscara também.


Thiago:

- Vamos falar do Jim Carrey mais detalhadamente depois, mas o Duas-Caras é que é o grande...


Mau:

- Mas que putaria é essa? Mas é um swing. Pra que esse swing todo? Pra que tanta gente? (Juras: - É pra chamar, pra atrair...)


Ph:

- É... querendo trazer gente, é isso que eu falei, desde a escolha do Val Kilmer. Tirar o Michael Keaton que... tudo bem, era baixinho... teve lá seus problemas, mas tava até atuando bem. O Bruce Wayne teve seus problemas, eu concordo. Mas eu acho que foi mais problema de quem escreveu o personagem, não do Michael Keaton. Ta lá, foi pago, fez lá a dele... e tchau e bênção.

Juras:

- Batman Eternamente é um circo. Circo de horrores.


Ph:

- Colocar o Val Kilmer, na liderança da “Alegoria da Beija-Flor de Nilópolis”, meu amigo. (Vários Risos).


Mau:

- Ele vinha do The Doors. (Ph: - Ele vinha de Tombstone).


Juras:

- Amor a Queima Roupa total. (Mau: - Ele vinha do The Doors, não vinha? Que ano, c@cet#?) The Doors é bem antes do Top Gun. Top Gun é 86, Mau. (Burburinho)


Mau:

- Mas eu to falando de THE DOORS, homem. Que Top Gun? (Vários risos)


Ph:

- The Doors é 91. Ele vinha de The Doors, Amor a Queima Roupa e Tombstone, filme em ordem. Chegou em 1995 com Batman Eternamente, no mesmo ano ele fez Fogo contra Fogo.


Mau:

- Eu quero dizer uma coisa, meu Deus do céu. Se duas vezes já falamos, citamos que não foi um filme do Batman; foi um filme de vilões, deixaram o Batman, coitado do Michael Keaton sozinho, não deram apreço ao personagem. Daí, eles agora, além de mudar pra um outro ator, eles põe essa putaria de tanta gente. (Risos)


Ph:

- Mas é isso aí, Maurício. Escola de samba precisa da ala das baianas, da bateria... (Risos). (Juras: - 11 Homens versão Batman).


Mau:

- OLHA BATMAN ETERNAMENTE AÍ GEEEENTE. (Risos)


Juras:

- Mas pêra aí, Jim Carrey como Charada. Ace Ventura gritando, caras e bocas. (Thiago: - Não, foi o Jim Carrey e a Nicole Kidman que salvaram o filme). Siqueira a cena do baile lá que tem o Duas-Caras e tudo mais. Aí aparece o Jim Carrey comendo pipoca e assistindo televisão, e fazendo careta... pelo amor de Deus. E aquele cabelo vermelho dele, horrível.


Thiago:

- Não, o Charada até dá pra entender, ter um lado mais comediante. Agora, o Duas-Caras, não. (Juras: - Ele encarnou o Coringa, o Jack Nicholson). O Tomy Lee Jones “baixou” o Jack Nicholson nele. Eu não sei o que foi que houve ali, eu não sei. Duas-Caras é um personagem trágico. Duas-Caras é um personagem lindo. Tem uma construção toda em cima dele. Colocaram o Duas-Caras ignorando a origem dele; colocando a origem dele numa televisão, assim do nada, por 5 segundos e jogaram o personagem no ar, ridículo isso.

Juras:

- Concordo, concordo. Agora a Nicole Kidman, meu Deus do céu né, ôooo... rapaz... eu... nam... imaginei tanta coisa com essa mulher. Mas o... (Ph: - Ô Jurandir, tu vai acabar com teu casamento. O Charada...) (Vários risos) MAMILO Raphael, MAMILO na roupa do Batman, cara... e no Robin. (Risos)


Ph:

- Vamos falar das caracterizações, certo? Jim Carrey, cabelo vermelho, roupas coladas, bundas aparecendo, queimando arroz, literalmente. Tudo bem, o Charada é um personagem galhofa, na acepção da palavra. Pela primeira vez, talvez você pudesse ter aceitado. Só que você colocar o Harvey Dent, o Duas-Caras. A cara pintada, não era o Duas-Caras, era o Cara-Pintada, metade pintada. Ele não é assim, a cara dele é desfigurada, desfigurada é diferente de pintar. (Juras: - Uma mascarazinha, que ele tava usando...).


Thiago:

- E é certinha cara, se você ver é uma linha certinha...


Ph:

- O que a gente sabe, que a gente vai saber agora, que não é bem assim, não é um negócio simétrico.


Juras:

- A roupa dividida. Metade uma coisa...


Ph:

- E o jeito que ele trata a moeda, não é assim tão... moeda: - Vou cagar, será que vou cagar, vou jogar a moeda... (Som de moeda caindo) Não, vou não... deu cara.


Juras:

- Agora, uma coisa interessante é que o... quando o Alfred percebe que o menino tem habilidades né, o... Dick lá... Quando ele ta lavando a roupa né, aí vai colocar a roupa no varal. (Ph: - Pelo amor de Deus!) Fica jogando a roupa de um lado pro outro, assim. Habilidade total, o Alfred: Ó aí rapa, o cara é bom.


Thiago:

- Não, aquele Robin doeu, é sério, doeu em mim.


Juras:

- Não, não, mas ele ta bem cara, ta bem caracterizado.


Ph:

- Não, nãoooooooo, nãoooo. Jurandir, Jurandir Filhoooooooooo, ô Jurandir Filho. Joel Schumacher. (Risos)


Juras:

- O quadrinho é diferente? Ele é um menino... Garoto Prodígio...




Mau:

- Não, os figurinos do filme parecem que foram comprados na loja de R$ 1,99. (Ph: - Exatamente). (Risos). Batman Forevis né, Batman Forevis. Dão um close na bunda dele, né nesse?


Juras:

- Horrível. Meu Deus do Céu, pra que isso, cara? Pra que isso?


Thiago:

- É porque é o Joel Schumacher. Ta lá um marmanjão de 20 e poucos anos, certo? No circo, os pais deles morrem. Ele virou órfão, certo? Como ele tem 20 e poucos anos, já é maior de idade, vacinado, ele vai cuidar da vida dele. (Ph: - Se vira né? Se vira...) Ele se vira. (Juras: - Foi quase adotado...) (Risos) Mas não... O Bruce Wayne chama ele pra morar na casa dele.


Ph:

- Ou seja, Val Kilmer...


Juras:

- Não... não vamos nos prolongar tanto nessa porcaria não, que a gente tem muita coisa pra falar. (Ph: - Jurandir mais isso é válido...)


Thiago:

- Não, mas a questão é a seguinte: nos quadrinhos, o que aconteceu... o Robin, ou seja, o Dick Grayson era um menino de 13 pra 14 anos, (Ph: - 13 pra 14 anos...) cujos pais morrem num circo, graças a um mafioso que jogou ácido na corda deles. Pra cobrar a grana do seguro, de proteção pra o dono do circo.


Ph:

- Aí o Batman vai lá, adota o menino, e o menino vira o Robin. Ou seja, nada a ver com o filme. Mas vale ressaltar também, a escolha, como foi que ele escolheu... ele dormiu, olhou assim pro nada e disse: - Você é o Robin. Ele vestiu a armadura né o... na verdade... O Michael Gough, o Alfred acreditou no potencial da lavanderia, que o menino trabalhava. (Risos) Resolveu dar a roupa pra ele, uma roupa menos colorida que é a dos quadrinhos, e um ‘R’, escreveu um ‘R’ lá, na roupa. R de Raphael, sabe. E o Batman se assusta, quando ele olha aquela pessoa vestida de preto: - Que porra é essa?! Mascarazinha cortada. E ele pergunta: E esse ‘R’, é de que? E ele: ROBIN. Como se todo mundo, no mundo, já conhecesse o nome Robin. (Sarcástico)


Thiago:

- Não mas pera lá, pera lá, pera lá... (Juras: - Não, ele era conhecido lá. O pai dele, quando salvou o irmão dele, tudo mais; o passarinho Robin...) A questão não é essa não, a questão é a seguinte: a primeira vez que o Robin, o Dick Grayson, tentou ajudar o Batman, ele usava uma roupa que era bem parecida com a da série de TV, ridícula, ridícula. Aí ele chegou né, depois que descobriu que o Bruce era o Batman, e disse: - E aí como vai ser meu Codenome? Vai ser Asa Noturna? Vai ser Garoto-Pássaro? Vai ser como? Ele: - Ta maluco menino? Sai daqui, tu não vai trabalhar comigo não. (Risos) Aí o Alfred vê o Dick todo...: - Eu quero pegar o Duas-Caras, ele matou meus pais. Aí o Alfred vai lá e constrói aquela roupa, sabe lá Deus como. E dá pra ele ajudar o Batman.


Juras:

- O Alfred, no caso, uma das 5 maiores mentes, do mundo da DC.


Thiago:

- O Alfred é um mordomo, que serviu ao exercito, que tem treinamento em medicina; mas que não sabe p#rr@ nenhuma de construir roupa militar... ele fez essa roupa, sabe lá Deus, como.


Juras:

- Ok, próximo... Só em saber que o Charada, o Robin Williams já tava cotado pra fazer o Charada, eu quase dormi aqui... vomitei. Porque eu não sei qual ia ser pior. Talvez o Robin Williams fosse um bom Tommy Lee Jones né, o Two-Face.


Thiago:

- Ele queria ser o... Não, pronto, o Mau tinha falado, eu tinha esquecido. O Robin Williams era nossa opção pra fazer o Coringa. Aí também que ele foi cotado pra fazer o...


Juras:

- Mas ô Siqueira, o filme custou muito né, 100 milhões. (Thiago: - Custou muito e arrecadou bem, arrecadou bem...) Faturou 184 nos EUA e 152 no mundo, foi uma boa bilheteria né cara? (Thiago: - O que motivou a continuação né...) Boa bilheteria... Exatamente, 97, Joel Schumacher ainda. Não gostei do Val Kilmer, próximo. Quem é o próximo da fila? (Thiago: - A fila anda...) E há, Plantão Médico, chamaram George Clooney, pra fazer o Batman.


Thiago:

- Raphael, vamos agora apertar as mãos e dizer que esse é o pior filme de todos os tempos.


Ph:

- Você sabe qual um dos pretextos usados, pra troca do Michael Keaton pelo Val Kilmer, depois do Val Kilmer pelo George Clooney? (Juras: - Ãhn...) Que, como Batman, o cara só precisava da boca, e a boca dos outros eram feias. (Vários risos). Segundo o Joel Schumacher, George Clooney tem a boca muito bem desenhada. (Juras: - George Clooney...) Georrge... (Em tom homosexual) (Vários Risos).





SEGUNDA PARTE: DE 1:00:00 a 1:37:00

Juras:

- Mas, vamos lá né, elenco fantástico de novo: George Clooney, Chris O’Donnell, Arnold Schwarzenegger... (Ph: - Olha só...) Pela primeira vez no mundo, da história do cinema, eu vi o nome do vilão aparecer antes do principal do filme. (Risos) Arnold Schwarzenegger aparece antes de George Clooney nos créditos.

Ph:

- Cara, o Batman, ele ta de ladinho no pôster, sabe; ele ta escondidinho, assim ó... bem pequenininha as letras: George Cloney. ARNOLD SCHWARZENEGGER.

Juras:

- Não, não... (Risos) e uma coisa que eu não falei (Risos) do filme Batman Eternamente, aquele final correndo né. Se o Tim Burton fez aquela abertura terrível, o Joel Schumacher é o final correndo. (Risos) (Thiago: - Com o Batsinal no fundo né...) Ok, começou Batman e Robin, aparece o close na bunda, nos ovos, na testa do Robin e do Batman.

Thiago:

- E os mamilos continuam lá. Só não ficam no seio da armadura da Batgirl, sabe lá Deus por que.

Juras:

- Pra que isso, cara? Uma Thurman, Alicia Silverstone, a Batgirl.

Thiago:

- Não, primeiro de tudo. Pra variar eles modificaram a origem do personagem de novo. Ao invés de colocar a Batgirl como filha do Comissário Gordon, eles colocaram a vadia como sobrinha do Alfred. (Juras: - Olha aí rapa, fantástico). SOBRINHA DO ALFRED...

Ph:

- O Alfred... ele é quase o olheiro do Batman, né. (Risos) Sabe, um time de futebol contrata os olheiros né, pra ficar pegando jovens talentos.

Juras:

- Arnold Schwarzenegger, pra que isso cara? Pra que o Schwarzenegger, cara?

Ph:

- Homem de Gelo, Homem Duro...


Thiago:

- Não, primeiro de tudo, o Senhor Frio, na época do seriado dos anos 60, ele era um vilão galhofa. (Juras: - Senhor frio). (Risos) Senhor Frio. Não, pera aí, deixa eu explicar, certo. (Ph: - Mister Freeze). O Senhor Frio, era um vilão galhofa. Ele só foi transformado em um vilão sério, pra mitologia do Batman, no desenho de 93. Como o personagem fez sucesso... A gente vai comentar o desenho depois. Eles resolveram trazer o personagem do desenho, do jeito que ele tinha sido colocado no desenho, com a origem do desenho, para o filme. O problema é que o filme tinha o espírito dos anos 60. A idéia dele era ser um filme seguindo os preceitos da série dos anos 60, sendo engraçadinha, sendo exagerada, sendo divertidinha.

Juras:

- Eu achei melhor que o filme do Tim Burton, o primeiro filme. O Batman: o Filme.

Thiago:

- Jurandir vai... vai...

Ph:

- Meu Deus, Jurandir. (Risos)

Juras:

- Arnold Schwarzenegger, cara: - I Break you.

Thiago:

- Schwarzenegger fazendo o que? “- Eu vou quebrar o gelo”. “- Porque você está com frio?”. “– Eu agora vou trazer o gelo”.

Juras:

“- Be freeze”. As piadinhas né?! (Thiago: - Tenha santa paciência) Ah, fantástico, BatCartão-de-crédito, né. Meu Deus do céu. (Thiago: - Eu quis me esconder debaixo da cadeira, no Cine São Luiz, Iguatemi 1, quando ouvi isso.). Não saia de casa sem um né.

Thiago:

- Não sai da caverna sem ele. (Risos) Era o MasterCard.

Juras:

- E a cena do Mister Freeze. Do Schwarzenegger de pantufa. (Thiago: - Pantufa de ursinho polar) Cantando karaoquê.

Thiago:

- Não. Pior é o seguinte: pantufa de ursinho polar e ele com um charuto congelado na boca.

Juras:

- Pra que isso? Não, cowabanga, cara. Meu Deus do céu. O Batman e o Robin saem voando, dum foguete, com a porta do foguete, e o Robin cai em cima do prédio e grita Cowabanga.

Thiago:

- Não, pior, Joel Schumacher conseguiu transformar Uma Turman num traveco. A Uma Turman não ta sexy em momento nenhum do filme. E a Uma Turman é uma mulher sexy cara. Ela exala sexualidade e transformaram a mulher naquilo.

Juras:

- Siqueira, a primeira vez que ela aparece como Era Venenosa, ela ta bonita, cara. Depois é que virou uma transformista.

Thiago:

- Ridículo cara, ridículo. Agora vamos aqui...

Juras:

- E não toca a música da Venenosa, não? Só que de áudio né... aquela da Rita Lee né... Venenosa... ela traduziu de alguma coisa aí... (Ph: - Nã...) Toca sim Raphael, toca sim... (Ph: - Rum...) assiste aí pra tu ver... (Thiago: - Jurandir a música é Erva Venenosa, não é Era Venenosa não...). Mas eu assisti cara. Tocou essa música, a Rita Lee se baseou nesse filme pra fazer essa música. (Risos)

Ph:

- Nam, Jurandir, comentário cortado. (Juras: - Nam, nam, eu sei, eu tenho certeza absoluta). Ô Maurício, eu quero que você me, é... eu esqueci a palavra... Eu quero que você me fale desse filme, como filme, assim... sem adaptação, peitinhos, mamilos e tudo... É um roteiro bom? O filme funciona e tudo? Como é que é?

Mau:

- Precisa? Precisa isso? Precisa realmente? É uma bosta, e não precisava acontecer; desde o cartaz, que podia estar só lá na Sapucaí estampando o carnaval 2009. Não existe porque de existir. Eu falei, se não tinha porque de trocar, nem de trocar Michael Keaton por Val Kilmer, imagine por George Clooney, um erro. George Clooney assume que foi o pior filme da vida dele. Um erro, enfim... falamos pro Batman e... (Ph: - E o Schwarzenegger Robocop? Robocop Congelado?)


Thiago:

- Meu Deus, eu penso nesse filme, dá vontade de chorar, é sério, eu fico deprimido. (Som de choro de criança).


Juras:

- Viu viu iu, ó aqui ó, achei ó: Erva venenosa, versão original de Jerry Leiber e Mike Stoller, traduzido por Rossini Pinto pra música da Rita Lee. Então não venha dizer... (Thiago: - Jurandir, o nome da mulher no original é Poison Ivy, pelo amor de Deus, Poison Ivy). Sim, mas a música foi mal traduzida, é porque tu conhece: “- Venenosa ê e e ee”. Tu conhece a música da Rita Lee, não conhece a original, a Rita Lee que traduziu errado. (Risos)


Ph:

- Não, Jurandir, você não é doido não. Só o Coringa que é doido...


Juras:

- Alguém, que viu esse filme recentemente, vai dizer que tocou a música da Rita Lee, não, tocou a música original; da Rita Lee não, da Rita Lee é versão.


Ph:

- Certo, ô Jurandir, esse filme arrecadou quanto, por favor? Batman e Robin...


Juras:

- Custou 125 milhões, faturou 107. Enterrou a franquia.


Ph:

- Enterrou não só a franquia, como também o super-herói.


Thiago:

- O negócio enterrou a franquia de um modo, que precisou passar quase 10 anos pra reviver a franquia.


Juras:

- Ok, né?! Joel Schumacher destruiu Batman. O pessoal: - Não, dá mais certo não, isso já foi demais; já queimamos o filme de muita gente. George Clooney nunca mais foi o mesmo, depois do Batman. Val Kilmer...


Thiago:

- No entanto, o personagem não morreu fora dos quadrinhos. Batman, ele teve uma sobrevida fora dos quadrinhos, graças ao Desenho Batman: The Animated Series. Que é uma das melhores coisas já feitas com o personagem, em todos os tempos.


Juras:

- Ô Siqueira, deixa eu perguntar Siqueira. Os fãs dos quadrinhos, quando eles viam esses filmes, eles consideravam alguma coisa? Ou se: - Não, é só piada, só querendo falar mau do nosso personagem, pra gente não gostar...)


Thiago:

- O primeiro filme do Batman, até foi considerado. Agora o terceiro, tem gente que gosta. Agora, o quarto, não teve um fã de quadrinho, que se preze, que não pegou 3 pedras e queria jogar no Joel Schumacher. Aliás, gente. Aqui em baixo tem um vídeozinho, do Joel Schumacher, pedindo desculpas pelo Batman e Robin; para os fãs, nos extras do DVD. Dê uma olhada aqui, que é hilário.


Juras:

- Vergonhoso isso aí. O cara: - Ok, caguei em cima...(Risos)


Thiago:

- Não, o interessante é o seguinte: em comentários de DVD, geralmente o pessoal diz: - Gente, vamos pelo menos fingir que o filme é bom, na hora de comentar, certo? Pelo menos fingir... Mas Batman e Robin é tão ruim, tão ruim, mas tão ruim... que o próprio diretor pede desculpas.


Juras:

- Siqueira, você tem dois minutos pra falar disso, desse negócio...


Thiago:

- Certo. Em 1993, saiu um outro filme do Batman no cinema, que foi Batman, A Mascara do Fantasma. Um longa de animação com roteiro de Paul Dini e direção de Bruce Timm... Foi uma das melhores coisas já feitas com o Batman, em todos os tempos. Em 1 hora e 15 mins, Bruce Timm e Paul Dini conseguiram fazer com o Batman, o que Tim Burton e Joel Schumacher não conseguiram fazer em quatro filmes. Fazer a origem do Batman de maneira descente, mostrar as motivações do personagem e cuidar dele realmente, como ele deveria ter sido cuidado. Após o filme, foi lançada a série de TV. Batman, The Animated Series. Uma das melhores coisas que o personagem já participou, em todos os tempos.


Juras:

- Aquela que passava no SBT, era? (Thiago: - Era essa mesma). Fantástico, que desenho fantástico.


Thiago:

- Foi a primeira vez que eu vi, num desenho de TV, falarem a palavra “cocaína”. Com o Batman indo lá e surrando traficante de cocaína, desbaratando operações. Sensacional.


Juras:

- E originou jogos fantásticos, né cara. Essa série.


Ph:

- Jogos mortais (Risos)


Thiago:

- O desenho teve 3 fases: a primeira, Batman, The Animated Series. Foi vencedora de vários prêmios, os fãs adoraram. Várias características da série foram aproveitadas nos quadrinhos. Inclusive a vilã Arlequina. E a origem do Senhor Frio, que ganhou um contorno mais traumático. Com o Senhor Frio, tendo a esposa dele vitima de uma doença grave; ele congelou ela criogenicamente, em busca de uma cura. (Juras: - Que foi retratado no filme isso...) Até que apareceu um chefe do laboratório que destruiu tudo. Tornando... e jogou o coitado do Freeze numa solução criogênica, que acabou tornando-o dependente do frio. É... a segunda fase... (Mau: - Péeeeeeeeeen. Deu dois minutos, deu dois minutos já...). (Risos).


Juras:

- Deu, já foi. Siqueira, esse asilo famoso, como é o nome? Arcum, né?! Arnacum? (Thiago: - Asilo Arkhan, ele sempre foi retratado...) Ta todo mundo lá.


Ph:

- O que é um grande erro. Pô, você ter os vilões, vamos dividir cara, vamos botar os vilões lá em Smallville; pra fazer um caos nessa cidade. (Risos) Tudo no mesmo canto, tudo no mesmo CANTOOOOOOOOO.


Thiago:

- Alguns ficam na prisão Black Gate, que são os que não são considerados loucos, e outros são transferidos pro Arkhan...


Juras:

- Coringa: doido; Charada: doido; Duas-Caras: doido; Pingüim: doido. (Mau: - Ai, meu Deus do céu...)






Ph:

- Maurício, tu é da polícia agora, polícia do mundo. Polícia Terra, o nome da polícia. Tu pegou Bin Ladden, Sadam Russein, outros aí? Celso Piter, e colocou todo mundo no mesmo canto, no mesmo CANTOOOOO. (Juras: - Celso Piter, meu Deus...) Isso existe Maurício, essa logística existe? (Risos)


Mau:

- Não, eu quero saber se é assim nos quadrinhos, é assim?


Thiago:

- Não, nos quadrinhos existem duas prisões em Gothan City, certo. Existe a Black Gate, que é pra os criminosos comuns e existe o Asilo Arkhan, que é pra onde vão os malucos.


Mau:

- O último filme, então, vamos lá, ao cinema? Batman e Robin é isso? (Risos) (Juras: - Não, Batman Begins.) Não. O último filme do Batman é Batman e Robin, é isso? Que ano? (Juras: - Isso, 97) Então de 97... o hiato foi de quanto tempo? 97 a dois mil e..? (Juras, Ph, Thiago: - 8 anos). 8 anos.


Thiago:

- 8 anos, que o personagem sobreviveu fora dos quadrinhos graças à série de... graças ao desenho.


Juras:

- Siqueira, a gente já falou demais sobre o personagem. O pessoal, se quiser, tu complementa nos comentários, lá; o ano do desenho, e tudo mais. Em 2005 saiu uma obra de arte do cinema novo, né cara. Uma redenção pros fãs dos quadrinhos, pra quem gosta do personagem.


Mau:

- O que aconteceu nesse tempo todo? Nesses 8 anos, foi cogitado? Pelo desastre dos 3 filmes... dos 2 filmes depois, então...


Ph:

- Batman tava enterrado, Mau. Batman cinematograficamente tava enterrado. Não só Batman; como, até vir o Homem-Aranha, e verem o resultado que deu Homen-Aranha, tava enterrado filme de quadrinho, meu amigo. Batman e Robin tava enterrado sim...


Thiago:

- Não, vamos ser justos. Quem começou a retomada dos filmes de quadrinhos foi o Blade. A partir daí ocorreu um escalonamento entre... quadrinhos que foram saindo. A Warner decidiu ressuscitar a franquia Batman. Que já tava na escala faz um tempão.


Ph:

- Só que Blade não fez tanto sucesso quanto Homem-Aranha.



Mau:

- Não, Blade tem mérito, com certeza. Mas quem realmente fez trazer de volta Batman, é seu concorrente, Homen-Aranha. Blade não concorre com Batman, quem concorre com Batman é Homen-Aranha, Super-Homem. Então, na verdade, Homem-Aranha, tendo feito o sucesso que fez, os caras pensaram: - Put@, mas será que a gente não pode pegar esse Batman e fazer alguma coisa?


Ph:

- Será que a gente pode pegar Batman, X-Men; o próprio Super-Homem, que começaram a cogitar, aquela época já.


Thiago:

- A primeira coisa descente que fizeram com a franquia, sabe o que foi? A produção saiu do Jon Peters, que era cabeleireiro antes de virar produtor de cinema. E que cometeu aquela coisa chamada: As Loucas Aventuras de James West. (Risos e burburinho). E saiu para o Charles Roven, que é um produtor mais sério. (Ph: - E Larry Franco né...).


Mau:

- Eu quero saber de quem foi a idéia de dizer isso: - Nós podemos fazer um novo Batman, vai ter que ser tudo novo, nós vamos jogar tudo no lixo tudo que foi feito e reinventar. A idéia foi de quem?


Thiago:

- Foi a própria produtora da Warner.


Ph:

- Foi a produtora que bancou, viu Mau? Foi a produtora, a empresa. (Mau: - Não foi o diretor? Não foi o Christopher Nolan que..?) Não, não, não...


Thiago:

- Nolan foi convocado, pela Warner, pra fazer o trabalho.


Ph:

- Mas a idéia já tava pensada. Já tava fechado, vai ter um Batman. Queremos esse Nolan ou não queremos esse Nolan? Vai ter Batman... (Thiago: - Pois é, aí chamaram o Nolan...)


Mau:

- Porque não foi só o Nolan né. Teve o Aronofsky foi cogitado né; o Darren Aronofsky do Réquiem para um Sonho. Mas... oscilava entre Darren Aronofsky e Christopher Nolan né. Tinham quantos diretores cogitados..?


Thiago:

- O roteiro do Aronofsky previa um Batman praticamente saído das ruas.


Mau:

- Quero saber se Tim Burton foi cogitado, por acaso? Foi pensado, em voltar, ou não?


Thiago:

- Tim Burton, na época, tava muito enrolado com Super-Man Reborn, foi um projeto que, graças a Deus, nunca saiu, do filme do Super-Homem...


Mau:

- Mas foi cogitado, por acaso? Foi pensado? Foi pressionado? Chegaram a falar com ele: - Batman, nós cagamos lá. Botamos Joel Schumacher, fizemos duas cagadas seguidas...


Thiago:

- O sentimento que existia na Warner era de reinvenção total, pegaram a franquia e recomeçaram do zero. Tanto que o...


Ph:

- Não só mudar o conceito da franquia em si, mas mudar conceito de cenário, mudar conceito de personagem, dos vilões.


Juras:

- Chega de piada, chega de piada pelo amor de Deus né.


Thiago:

- Por isso que Darren Aronofsky foi considerado. Porque ele vinha de dois filmes sensacionais, que eram: Pi e Réquiem para um Sonho. São duas obras primas do cinema no sentido lato da palavra.


Ph:

- O Christopher Nolan também vinha de coisas pequenas, porém bem consistentes...


Juras:

- Do Quinto Elemento e do Insônia, né.


Thiago:

- Do ótimo Insônia. Com certeza o Aronofsky vinha de uma filmografia mais experimental, tanto que a idéia dele...


Mau:

- Não, eu não acho nada ótimo o Elemento. Acho o Insônia bem fraco, por sinal. Mas o Christian Bale sempre foi o primeiro nome? Ou não?


(Thiago, Juras, Ph: - Não.) (Burburinho)


Juras:

- Até Russel Crowe tava no meio.


Thiago:

- O Cillian Murphy, que fez o Espantalho, tava sendo considerado pra fazer o Batman. (Mau: - Cillian Murphy?) Mas o Nolan gostou tanto do teste dele, que chamou ele pra fazer o Espantalho.



Juras:

- Isso, Cillian Murphy, que faz o Espantalho, tava sendo cotado. Até o John Cusack estava.


Ph:

- Ô Mau, tu que perguntou questão de diretor. Porque é que o Aronofsky não foi, apesar de ele ter tido uma filmografia que chamava mais a atenção... Ele chegou com o roteiro, ele repassou o roteiro, sim. Só que ele também mostrou rascunhos dele. Depois que ele mostrou rascunhos, disseram: - O cara entendeu a parada do Batman, ele entendeu o conceito do Batman, que a gente quer.


Mau:

- Então, o Batman Begins é assinado Christopher Nolan...


Thiago:

- O roteiro é do Christopher Nolan e do David S. Goier, que é roteirista de quadrinhos.


Ph:

- E o irmão do Nolan, o Jonathan Nolan, revisou. Fez algumas...


Thiago:

- Mas o principal aqui é o seguinte: é que eles finalmente reconheceram a importância de ter alguém, da indústria de quadrinhos, trabalhando junto com o filme.


Ph:

- É, porque tinha que entender o herói antes. Aí é que passa, Jurandir. Eles agora tinham um parâmetro. A gente não pode inventar um herói pra o cinema. A gente tem que entender o herói dos quadrinhos e levá-lo de forma, ou mais calma ou mais intensa, pro cinema. É isso que eu falo da questão dos parâmetros. Christopher Nolan tem seus méritos sensacionais? Tem. Só que ele se baseou numa coisa que já deu merda. É só ele ir contra a maré, agora.


Thiago:

- O que foi que aconteceu? O Nolan chamou o Goier, pra trabalhar junto dele, em casa, com o roteiro. Aí os dois foram e escreveram o roteiro. A história original foi do Goier. (Ph: - Que compromisso, primeiramente). Agora os dois trabalharam no roteiro; o roteiro é mais do Nolan do que do Goier, mas o embrião da história é todo do Goier.


Juras:

- Aí escolheram Christian Bale.


Mau:

- Christian Bale foi um peitaço, foi um peitaço. Desde Império do Sol, quando ele fez, quando criança. Amo Psicopata Americano, filme que ele faz, acho que devia ter ganho o Oscar naquele filme. Foi um peitaço, O Operário, a transformação dele. Mas enfim, eu quero dizer que foi um peitaço. Que coragem botar esse cara como Batman, eu não acreditei nele.


Thiago:

- Mau, tu não acha o Psicopata Americano, o personagem um tanto parecido com o Bruce Wayne, não? Os dois são riquinhos que tem passados obscuros, e tem neuroses escondidas. Eu acho que isso contou muito pra decisão do Nolan, de escalar o Bale pra o papel.


Mau:

- Sem dúvida, não tinha pensado nisso. Sem dúvida, deve ter sido isso.


Ph:

- Uma coisa que a gente vai reparar aqui... quem foram os vilões, atores que interpretaram os vilões do Batman? Tomy Lee Jones, Jim Carrey, Jack Nicholson, Danny DeVito. Sempre pessoas maiores do que o próprio Batman; aqui o negócio, que é que eles fizeram? Eles trouxeram pessoas que estão ao lado do Batman, interpretados por atores melhores que o Batman, não dessa vez o oposto do Batman. Trouxeram pessoas que podem erguer o personagem principal, que no caso, finalmente é o Batman. Trouxeram o Morgan Freeman como Lucius Fox; eles trouxeram Michael... gente, o que é Michael Caine pra botar no papel de Alfred? Do sotaque à interpretação...


Mau:

- Que coragem, chamar ele, um senhor do cinema, pra fazer um Mordomo, e ele aceitar ainda, a humildade desse homem. Muito ator aí não aceitaria fazer esse papel.


Ph:

- Só finalizando o que eu tava falando, esses atores são grandes, esses atores são maiores do que Christian Bale, são maiores do que Katie Holmes, Cillian Murphy, Liam Neeson, bem maiores. E eles vieram ajudar a elevar o personagem principal.


Thiago:

- E o que foi o Liam Nesson nesse filme heim, minha gente.


Juras:

- Até a participação pequena do Ken Watanabe, que veio ficar popular um pouco depois.


Ph:

- A questão é que o elenco foi sensacional; todos foram importantes. Que é esse Cillian Murphy, depois a gente viu ele em... (Juras: - Vôo Noturno). (Thiago: - Sunshine). Mais maduro no Sunshine. Katie Holmes bonita, um pouco sem sal em relação às outras; mas bonita. O que é Gary Oldman como Jim Gordon? Elenco sensacional é o que eu quero dizer. (Thiago: - Não, agora uma coisa que eu gostei nesse filme...)


Mau:

- Não, calma aí, calma aí... Pegamos o elenco, é isso. Batman então... Begins, 2005. Esse era o elenco, todo mundo: - Meu Deus, que elenco é esse? Vamos ver se vai funcionar isso na tela, ou não vai. Então era a reinvenção, como é que vai ser dada essa reinvenção? Daí, ta... estreou em 2005: Batman Begins. Ainda bem que começou por não traduzirem, né. Maravilha. Batman Begins. (Burburinho)


Juras:

- É como se não existissem aqueles outros filmes. Begins, o começo do negócio, criação do herói.


Ph:

- E tava todo mundo com medo do Batman, não adianta.


Mau:

- O primeiro teaser, já foi apresentado... Eu vi a fotografia no teaser, eu já disse: - Que fotografia interessante essa, a iluminação totalmente diferente. Nós tínhamos a referência de Tim Burton, de Joel Schumacher. É um tom ...


Thiago:

- Tu foi fisgado pelo teaser?! Eu fui fisgado já pelo pôster, cara. Aquele do Batman sozinho na caverna, cercado de morcegos, já é melhor do que Batman e Robin e Batman Eternamente, juntos.


Juras:

- A campanha, né Siqueira, a campanha do Batman foi muito grande. A Warner fez uma campanha belíssima que é aquela... (Thiago: - Não, cara... honestamente eu não gostei da publicidade do Batman Begins). Então tu não acompanhou, porque em cada cidade; por exemplo, no Rio de Janeiro, tinha vários outdoors, com o Rio de Janeiro rodeado por morcegos. Em Paris, tinha a mesma coisa; em Tóquio tinha a mesma coisa, entendeu...


Mau:

- Eu quero saber isso, o resultado? A estréia, então... Elenco... Teaser emocionando, posters emocionando. A estréia, Ph, satisfez? Batman Begins?


Ph:

- Satisfez, eu vou dizer porque. Eu bato muito na questão do elenco. Não se consegue formar um time, de futebol, vôlei ou o que seja, com 7 estrelas; não existe, o time não anda, o time não fica homogêneo. E o elenco é muito homogêneo, porque? Porque Michael Caine, apesar de ser um grande ator, ele soube se colocar à parte. O Morgan Freeman já tinha provado que é um grande coadjuvante. E os outros assim foram. Houve revelações no elenco. O Cillian Murphy, pra mim, eu trato como uma revelação. E o Christian Bale, apesar dos filmes que ele tinha feito, eu trato como uma revelação. E o próprio Christopher Nolan, porque foi ele que afirmou: - Eu sou um diretor bom, eu entendo de cinema. É isso que é bom. Tem os erros, continuam os erros. (Mau: - E quais são?) Primeiro: eu não gosto dessa Gothan City do Christopher Nolan. (Juras: - Futurística). A Gothan City não é uma cidade futurística. Por mais que o Siqueira bata em mim, por causa disso, mas não é. É uma cidade, apesar de rica, ela mantém raízes. O que é A cidade futurística... (Juras: - Gótica). Isso, gótica. O que é a cidade futurística, no universo DC, é Metrópolis, olha o nome: Metrópolis. É uma cidade que se parece mais com Nova Yorque.


Thiago:

- Ph, onde é que tu vê futurismo em Gothan City? Eu vejo um trem bem feito. (Juras: - Não, é totalmente futurista).


Ph:

- Isso, é tot... Meu Deus! Prédios, arranha-céus, Siqueira. (Thiago: - Que Nova Yorque possui...) Sim... Mas olha o pôster... (Burburinho)


Mau:

- Uma cidade muito rica, a minha visão leiga, que não lê quadrinhos, eu sempre achei realmente pela referências do Tim Burton, de que Gothan Cicy fosse mesmo suja, podre, e não endinheirada, não. Uma cidade, não de primeiro mundo, que é o que mostra... uma cidade maravilhosa.


Thiago:

- Da onde que Gothan City é endinheirada? A gente viu um batalhão de pobres, a gente vê um batalhão de bandidos, pés-de-chinelo na cidade. (Burburinho)


Juras:

- A gente vê numa banda da cidade.


Ph:

- Pra gente ter isso a gente que ir pra debaixo da cidade, a gente tem que ir pro submundo da cidade, a cidade escondida debaixo de outra coisa, peraí.


Mau:

- É isso que eu quero dizer Ph. Eu achei que Gothan City era um submundo. No Batman Begins a gente vai até o submundo da cidade, pra ver o submundo. Eu achei que GC já era um submundo. Siqueira, eu só quero lhe dizer que, a gente só conhece o submundo de GC, em Batman Begins, na hora que vai dobrar... que a Katie Holmes dobra pra mostrar pro Christian Bale a pobreza da cidade. Mas só a hora que ela vira aquele carro. Ante parece que ela ta andando em Nova Yorque, mesmo; pela... (Ph: - É, monumentos pomposos, prédios...)


Thiago:

- Vocês se esquecem que, até aquele momento, a gente tava acompanhando a história pelos olhares do Bruce. O Bruce era um rapaz, que era de uma classe altamente sofisticada... O cara era um put@ dum milionário. Tu acha que ele ia perder tempo visitando favela?


Juras:

- É, mas a idéia da GC, Siqueira, é uma cidade suja, céu escuro e tudo mais.


Ph:

- Não é que seja suja, vou melhorar. É uma cidade que pra onde você olha, não ostenta super-riquezas. (Juras: - Existe os contrastes...) Toda cidade, Metrópoles também tem, Metrópoles tem lá os seus becos novayorquinos, que também tem os acontecimentos obscuros. Mas Gothan é uma cidade obscura. Olha o nome da cidade, Gothan City; tem um arranha-céu na cidade, colorido de azul.



Mau:

- Não, não, vários arranha-céus. Mas enfim, Jurandir, gostou? Batman Begins 2005.


Juras:

- Achei fantástico, vibrei quando vi no cinema. Principalmente porque colocaram, finalmente, um Batman que, quando veste o personagem, quando fica Batman mesmo, diferencia o Bruce Wayne do Batman. Ele impõe a voz dele, quando ele fala é uma voz rouca assim... Uma voz com raiva. E é o personagem, o personagem é isso né.


Mau:

- Isso é fantástico. Isso é do diretor? Isso é do ator? Isso é do produtor? Quem é que disse pro Christian Bale fazer essa voz?


Juras:

- Acho que foi quando ele... Ele deve ter estudado a confecção do personagem né. Quando ele vira Batman ele vira justiceiro, vira vingador.


Ph:

- Eu vou te dizer que isso é roteiro, Maurício. O erro do Tim Burton, Joel Schumacher, que o Batman não é o engomadinho, não é aquele cara... (Juras: - Bruce Wayne é, né.) Melhor dizendo, o Bruce Wayne não é o “jeitosão”. O BW esconde algo, que ele se transformou naquilo. Que ele buscou; ele rodou o mundo pra se transformar. Ele se transformou numa pessoa que usa de psicologia pra lutar contra o crime. Uma pessoa que tem lá suas ideologias, que tem seus traumas. Tanto que ele não usa armas porque seus pais foram mortos, através de armas de fogo, ele não usa arma de fogo.


Juras:

- Não, e o mais interessante, Raphael. Que eu percebi, e como o Siqueira já falou em uns Casts atrás aí. O Batman, ele não é um personagem que tem super-poderes. Mas ele tem o auge do poder atlético, de um ser humano, né. Ele é um atleta. O Batman Begins mostra como ele vai virando esse top atlético. Aquele treinamento que ele tem, entendeu. Então é fantástico. (Burburinho)


Mau:

- Mas então, essa questão então. Que a gente ta falando desse personagem. Que é a ousadia, que a grande diferença, que acredito eu, de todos os outros Batmans. O Bruce Wayne fantasiado, não era diferente do Bruce Wayne sem a roupa, ou seja, que p#rr@ é essa? Aliás, Bruce Wayne é um e Batman é outro. E nos outros filmes todos eram a mesma pessoa. Então, nesse, tem o maior diferencial; onde, sim, ele com uniforme, ou seja, com a roupa, ele vira... realmente ele externa essa víbora, essa víscera que ele tem. Que é de querer botar essa raiva dele pra fora, esse bixo que ele tem dentro dele, os traumas, ou seja... enfim, questão de justiça mesmo, para com a família dele.


Ph:

- Pra entender melhor, Maurício, quem é a máscara do Batman, é o Bruce Wayne, hoje. Depois que o BW girou o mundo, pra se transformar no que se transformou, ele teve que usar-se. Usar o nome Bruce Wayne pra esconder que ele se transformou no Batman, é isso que eu quero falar. Bruce Wayne quando ele veste a roupa, como tu falou perfeitamente bem, ele muda, e ele tem que mudar, é assim que acontece. Por que ele tem que esconder, ele tem que passar... Enquanto ta luz, enquanto o sol ta lá, ele tem que se esconder. Quando o sol cai é que aparece o verdadeiro Bruce Wayne, que é o Batman.


Mau:

- E outra, ele não pode aparecer né. Isso que não tem nos filmes do Super-Homem. O Homem-Aranha, tem... totalmente, ele não mostra nenhuma parte do corpo. Mas outros Super-Heróis... aonde não aparece... Como é que ninguém vê que o Michael Keaton, no Batman, tá igual, ele não muda a voz. Então, tem uma questão também de não ser reconhecido. Não é o motivo, mas sim, acaba ajudando a ele não ser reconhecido.


Thiago:

- Pra o Batman alcançar a meta dele, ele não pode ser reconhecido. Ele não pode ser personificado, ele não pode ser uma pessoa. Ele tem que ser uma lenda. ninguém pode humanizar o Batman.


Juras:

- Siqueira, ele tem até um treinamento lá. Que o personagem do Liam Neeson diz, né: - Você tem que aprender a ser invisível.


Thiago:

- Aos olhos de seu inimigo, você tem que ser mais do que um homem.


Juras:

- Por isso que quando ele aparece, a galera fica com medo. Porque, o pessoal começa a sumir, os bandidos lá. Tão lá todo mundo junto e começa a sumir os caras, entendeu.


Ph:

- E muita gente pensa assim: - Mas o Batman, exército de um homem só. Como é que pode, os caras na Gothan City todinha, sumir por causa de um homem. Mas é o medo que ele transmite. (Juras: - Isso...)


Mau:

- Um bixo né, ele representa um morcego, ele representa um bicho.


Juras:

- Ele até fala, a frase dele é fantástica. Que ele fala mais ou menos assim... o Alfred pergunta: - Mas você tem medo de morcego. - É meu medo que quero transformar no medo deles.


Thiago:

- Agora uma observação, que pode ser até bacana, Juras, é o seguinte. A gente viu Homem de Ferro esse ano, certo. Que tem um playboy milionário se transformando num super-herói, certo? (Ph: - Isso...) Agora, quantas pessoas você viu o Homem de Ferro matando naquele filme?


Ph:

- Não, mas ele explode aquele negócio lá.


Thiago:

- Ele explode um tanque. Agira em uma porrada de gente, e deixa um cara lá pra população matar.


Mau:

- Siqueira, 2005, Batman Begins, gostou do resultado?


Thiago:

- Adorei, conseguiu resgatar todos os personagens, que tinham sido tratados ocmo um LIXO, pelo Tim Burton e pelo Joel Schumacher. E trazer à tona com uma humanidade incrível. O que tinha sido feito com o Comissário Gordon, naqueles quatro filmes, nos dois do Tim Burton e nos dois do Schumacher, não se faz com personagem nenhum.


Ph:

- Você, Maurício Saldanha, você gostou do filme?


Mau:

- Batman Begins, 2005... eu vou dizer... Não sou fã de quadrinhos, mas sempre fui fã do Batman. Em 89, eu me lembro que tinha roupa pra vender, na Revista Fangoria, que até hoje essa revista existe. Uma revista americana especializada em filme Trash, filmes que envolvem terror. Tinha a roupa do Batman pra vender, eu queria comprar aquela roupa, eu queria ser um justiceiro. (Risos) Sempre vibrei com o Batman, em 89 quando era criança, assistindo aquele filme. (Ph: - Todo mundo vibrou.) Batman o Retorno, vibrei. Odiei Batman Eternamente, Batman e Robin achei uma palhaçada. Mas enfim, a minha idéia de Batman era essa sempre; de um cara fantasiado. De um filme até... porque não? Vou dizer, pra criança. Uma diversão. E em Batman Begins eu descobri um filme. Um ser crível, é crível que esse cara realmente... o cuidado do roteiro em explicar de onde vem a roupa, o material da roupa. (Ph: - Boa... lembrar.) Não é simplesmente de uma hora pra outra. O cara aparece com uma confecção, porr@... que demoraria anos de design pro cara pensar.


Ph:

- Ô Mau, e outra coisa, em cima do que tu ta falando, pra não perder. Ele passa mais de 1 hora e meia explicando isso.


Juras:

- Não, não, não, Raphael. Eu contei, cara. Eu assisti recentemente, agora, em UMA HORA de filme ele não aparece vestido de Batman nenhuma vez.


Ph:

- Jurandir, Maurício, isso é carinho com o filme. (Som de palmas)


Mau:

- Eu só quero concluir dizendo que é um filme. Eu assisti um filme, onde a pessoa, que por explicações do roteiro impecável. Mostra o porquê desse cara querer fazer justiça com as próprias mãos, totalmente crível. Eu falo da roupa mesmo, como é que em 89, de uma hora pra outra, o Michael Keaton aparece com aquela roupa. Da onde aquela roupa?


Juras:

- Dá a impressão que foi herança do pai dele né?! Do pai do Bruce Wayne (Risos)


Mau:

- O pai dele é um costureiro. O pai do Homem-Aranha era um costureiro. O que o Homem de Ferro pegou, chupou isso aí do Batman Begins, pra explicar toda a ferramenta.


Ph:

- Construção do personagem.


Mau:

- Exatamente. Mas o que eu quero dizer é o seguinte. Mas agora os contras: acho que ainda tem essa questão, meio que, pé atrás. Acho que não teve muita ousadia em encarar, que eu acho que vai acontecer em Batman: O Cavaleiro das Trevas. De firmar mesmo a coisa, de botar... Achei meio palhaçada aquele Ken Watanabe, aquele Liam Neeson, aquela coisa meio de... (Juras: - Oriental né). Oriental demais. E “rawaixiwatuwatu”. (Risos) A lenda do não sei o que... Achei aquilo meio palhaçada. Só o Silian Murphy, como espantalho, que era realmente o vilão. Bacana...


Juras:

- A palhaçada que tu fala é no sentido de que não cabia ali né. Mas não palhaçada de rizada, e tudo mais... galhofa...


Mau:

- Jamais galhofa, mas sim.


Ph:

- Coisas não bem colocadas.


Thiago:

- Meio deslocado do filme.


Mau:

- Ainda reminiscências de galhofices na história do Batman audiovisual.


Ph:

- Mau, eu posso lhe explicar isso? O Batman... Que eu acho que o filme poderia ter mais diálogos pra explicar isso melhor né. Quando o Batman passa aquela origem lá, que ele cai no buraco, e ele vê os morcegos. E morre os pais deles tudo. Ele gira o mundo treinando, artes marciais, usar vários tipos de armas diferentes. E treinando com criminosos. Ele vive o submundo dos criminosos pra entender a cabeça dos criminosos. Por isso que ele vai parar lá no outro lado do mundo.


Mau:

- Não, eu não achei besteira ele ir pra o oriente... Eu achei o vilão fraco. Achei aquela coisa do “vamos acabar com Gothan”. Isso que eu não achei legal. É porque... Na verdade é uma coisa minha mesmo; de gostar do urbano, do centro urbano, por isso que eu vibrei. Em ver o trailer agora, do Dark Knight, em ver que a coisa é urbana, que o Coringa ta aqui, não ta no oriente.


Ph:

- Como você já tinha aceitado, o personagem, se o cara botou la um negócio de escalar dentro do corpo eu queria fazer também. Você queria ter vilões ao seu alcance.


Mau:

- Achei forçado a questão do gás. Vamos todos ficar loucos. Achei... sei lá... achei meio forçado... achei tudo perfeito, a construção do personagem. Mas a questão do combate dele em Gothan, eu não gostei dessa realização.


Thiago:

- Heim Mau, então pra ti, o filme tinha que ter vilões mais como Carmine Falcone do Tom Wilkinson, né?! (Ph: - Vilões mais crus, mais máfia).


Mau:

- Exatamente. Que é o que to tendo a noção, de que vai ser no Dark Knight. Espero que seja assim... (Vários Risos) O Oscar vai estar entre Heath Ledger e Maurício.


Juras:

- O filme custou 150 milhões, faturou 205 nos EUA... Faturou 166 no mundo. Total 371...


Ph:

- Jurandir, vamos falar da venda de DVD desse filme. (Risos)


Juras:

- Quem é que não comprou, né?


Thiago:

- Eu comprei no lançamento e ganhei um chaveirozinho.


Ph:

- DVD duplo... Ele mandou ótimos brindes pro pessoal de cinema né, Jurandir.


Juras:

- P#rr@. Eu passei tanto tempo com o chaveiro que era uma luz, que tava tudo escuro no cinema, eu colocava luz, aparecia o Batsinal na parede do cinema. Fantástico, todo mundo: - C@r@lh#, eu quero isso.


Ph:

- O Marketing tratou o filme com carinho, o roteiro tratou o personagem com carinho, a direção nem se fala. E as atuações todas bem pensadas, bem orquestradas, bem dirigidas... Carinho, é o que circundou esse filme, pra torna-lo tão palpável, tão bom, tão crível. De uma fantasia, de um cara que... morcego, e não sei o que. (Som de Palmas)


Juras:

- Então agora você já ta preparado né? Todo mundo já comprou seu ingressinho né.


Ph:

- Jurandir, Jjjjandir eu to de chifre, Jurandir, aqui. (Risos)


Juras:

- Vamos colocar um saco na cabeça, saco preto, vamos puxar orelha de coelho. Vamos todo mundo assistir ao filme, vamos explicar como é que vai funcionar, Maurício.


Mau:

- Vale lembrar que a campanha de marketing é imensa. Originalíssima, interessantíssima, etc. só que... The Dark Knight. Só que, porém... Isso cria uma expectativa do cacete. Estamos todos com ingressos na mão, mas...


Juras:

- Estamos indo agora... logo em seguida, você terminou de escutar esse programa, você vai lá baixar a parte dois, focada exclusivamente no The Dark Knight. Comentando tudo, todos os spoillers. O filme todo, do começo ao fim.


Ph:

- Absurdo, Jurandir. Jjjandir, jjjandir, eu não acredito que a gente vai ter dois Casts.


Juras:

- Sobre o mesmo assunto, no mesmo dia, pra você fazer o download. Então Vamos explicar: Esse, que você acabou de escutar, é pra lhe preparar pra ver o The Dark Knight. Se você já viu. Baixe o outro. Escute agora... Nós vamos contar tudo sobre The Dark Knight. Se você não assistiu ainda, pelo amor de Deus, não baixe o Cast seguinte. O Cast que ta logo aqui em baixo, que você pode fazer o download. Não baixe agora.


Ph:

- Jjjandir, jjjjandir, jjjjjandir então esse Cast ainda não acabou, é isso?


Juras:

- Exatamente, ele tem um To Be Continued.


Mau:

- Na verdade esse Cast Begins.


Juras:

- Esse é o Rapadura Cast Begins. O próximo é o Rapadura Cast The Dark Knight.


Mau:

- “Beginuará”. (Risos)


Juras:

- Exatamente então valeu Maurício, valeu Raphael, valeu Siqueira. Cast sensacional, uma bela homenagem ao Batman.


(Vários risos)


Mau:

- Ha ha ha ha ha ha (Imitando a risada do Coringa).


Juras:

- Como é o Coringa aí Maurício? (Risos)


Ph:

- Coringa depois da asma. (Risos)


Juras:

- Então... confira a seqüência, confira o Batman. Vamos todos lotar os cinemas, vamos dar a maior bilheteria da história do mundo. (Ph: - Vamos Jurandir, termina Jurandir).


Mau:

- Vai bater Titanic.


Juras:

- Exatamente, continua...